TI. Demanda em segurança é explosiva

Todos sempre imaginaram que, no país dos hackers e crackers, a oferta de especialistas em segurança aplicada à área de Tecnologia da Informação (TI) era bem menor do que a demanda. Agora o que não passava de suspeita se confirmou. Na manhã desta terça-feira (16/03), a Microsoft anunciou o lançamento da Academia Latino-Americana de Segurança, destinada a formar na região, cerca de 65 mil profissionais de TI nas melhores práticas em segurança. Mais do que isso, transformá-los em agentes multiplicadores da cultura de segurança, lógica e física, nas empresas.

Juntamente com o anúncio, uma enorme surpresa: a empresa esperava que apenas mil profissionais se inscrevessem para a primeira turma, já fechada. Mas, em apenas dois dias, nada mais nada menos do que 12 mil já o haviam feito. Quem sobrou terá de esperar a segunda, que começa a se formar logo depois da Páscoa. Para garantir a vaga basta entrar no site www.tecnetbrasil.com.br e preencher as fichas.

O centro de excelência, que vai ministrar aulas virtuais e presenciais, é parte de uma estratégia que alcança 15 países no continente e já custou à empresa de Bill Gates, somente no ano passado, US$ 12 milhões, revela Emílio Umeoka, principal executivo da Microsoft no Brasil. O projeto tem o apoio dos institutos certificadores internacionais Information Systems Audit and Control Association (ISACA) e Information Systems Security Association (ISSA) e, ainda, da Módulo, que entra com a experiência em produtos e serviços, na condição de instrutora dos cursos, todos gratuitos.

Emílio explica que a Academia Latino-Americana de Segurança da Informação integra o projeto Computação Confiável (Trustworthy Computing), lançado em 2002 e tem como objetivo oferecer uma plataforma ainda mais confiável ao mercado, além de orientar os usuários quanto à proteção de dados e ações, que podem auxiliá-los a utilizar o máximo da tecnologia em um ambiente seguro.

O gerente-geral da divisão de servidores da Microsoft, Jorge Rivva, justifica a criação da academia, observando que segurança é um processo e que a empresa precisa estar preparada para oferecer aos parceiros e ao mercado o mais completo conteúdo que os ajude a lidar com o desafio de manter os dados protegidos. “Além de investirmos na melhoria de nossos produtos, precisamos criar uma cultura para proteção dos dados que combine pessoas, processos e tecnologia”, defende Rivva.

Melhores práticas – Os cursos, ministrados ao longo de 50 horas, no total, e divididos em três fases, se sustentam numa programação que trata a questão da segurança sob três aspectos: pessoas (o mais crítico), pessoas e tecnologia. Quanto à grade, contempla temas como introdução à segurança da informação; conceitos de análises de riscos; políticas de segurança; implementação de segurança; e treinamento para certificação internacional, como a CISM – Certified Information Security Manager. Os participantes serão avaliados ao término de cada uma das quatro fases e deverão ter aproveitamento de 80% para passarem ao estágio seguinte, até a conquista da certificação.

“Com essa iniciativa esperamos aumentar a capacitação de aproximadamente 25 mil profissionais de tecnologia e, com isso, totalizar cerca de 65 mil pessoas treinadas nas melhores práticas aplicada a segurança de forma presencial desde 2004”, afirma Anna Carolina Aranha, gerente de estratégia de segurança da Microsoft Brasil.

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