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Um novo paradigma na rede…

O Marco Civil da Internet, projeto de lei do deputado Alexandre Molon (PT-RJ), visa regulamentar o uso da internet no Brasil. Sua criação foi a partir de uma experiência colaborativa, coordenada pelo Ministério da Justiça, no qual foram recebidos comentários e sugestões para a composição do texto da proposta. O projeto, que aguarda há dois anos a aprovação na Câmara, foi retomado nos últimos dias, e a expectativa é que seja votado na próxima semana. Basicamente, o texto prevê regras e direitos para o internauta e servidores, com uma legislação mais específica do uso da internet. 
Nesse sentido, a discussão da ClienteSA gira em torno do que o Marco Civil vai mudar na gestão de clientes, já que a internet se tornou palco do relacionamento com os mesmos.  “É fundamental que as empresas se envolvam no debate, compreendendo como ele traz para o Brasil um ambiente de proteção dos direitos de seus usuários, ao mesmo tempo em que oferece às empresas um ambiente de maior segurança sobre o que se pode e o que não se pode fazer”, comenta Carlo Affonso Souza, professor do Ibmec e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, ITS. 
O consultor e diretor executivo da V2 Consulting, Vladimir Valladares, acredita que o projeto de lei pode elevar a segurança e confiança nas relações da rede, e isso pode potencializar as interações entre empresas e clientes. “Já há uma redução gradativa da desconfiança do consumidor em comprar pela internet e qualquer ação que reduza o medo ou receio das pessoas, alavancará os resultados”, comenta.
As empresas que utilizam a internet como um meio de se comunicar com o público devem repensar a atuação da área de marketing digital, para se adequar ao que é previsto pela regulamentação. “As estratégias dessas empresas estão completamente relacionadas com a captura, o armazenamento e a difusão das informações das pessoas. A utilização do Marketing Digital, que recém transformou a forma pela qual as empresas abordam seus mercados, vai precisar passar por uma revisão a qual certamente acarretará novas transformações”, comenta Enio Klein, docente da Business School São Paulo, BSP. 
Na visão do especialista, o projeto de lei é marcado principalmente por reforçar a proposta de ética, liberdade de expressão, direito à privacidade e a utilização de dados. Dentro disso, e texto do projeto garante aos usuários que a comunicação na rede e os dados pessoais informados serão sigilosos, podendo ser usado por terceiros mediante seu consentimento, por ordem judicial ou nas hipóteses que constam em lei. “O uso da informação das pessoas e privacidade exige igualmente práticas éticas, que já deveriam ser usadas. O Marco Civil é um passo importante no sentido regulatório, porém, não creio que seja um instrumento absoluto para tratar a ética nas relações, seja de consumo, seja social”, opina Enio. 
A proteção à privacidade foi reforçada pelo projeto de lei, mas não há nenhuma regra especifica a ser observada. Segundo o professor da Ibmec, é preciso ter cautela, já que o projeto não entra em detalhes sobre diversos temas, deixando esse papel para as futuras as futuras regulamentações. “Esse fator é importante quando se pensa no impacto do Marco Civil para as atividades empresariais porque ele visa a criar um ambiente a partir do qual outras regulamentações serão editadas. O Marco Civil não apenas vai conviver com leis e decretos já existentes, como ele vai pautar o que vem a seguir”, comenta. 

Na sua opinião, se aprovado, o que o Marco Civil da Internet vai mudar na área de gestão de clientes? Deixe a sua opinião na enquete do portal ClienteSA.


Confira as matérias do especial:
 
Marco Civil da Internet implica em alguns cuidados para fornecedores de produtos e serviços na web
Marco Civil da Internet vai exigir revisão das práticas de marketing digital das empresas
Se aprovado, Marco Civil da Internet deve deixar as relações na internet mais confiáveis
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