Varejo em alerta

O indicador de recuperação de crédito, obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes, avançou 1,7% em novembro de 2013 em relação a outubro, descontados os efeitos sazonais, conforme apurado pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, Serviço Central de Proteção ao Crédito. Já o indicador que considera a recuperação de crédito no setor varejista divergiu do indicador geral, apresentando, em novembro, uma queda de 3,2% em relação a outubro de 2013, descontados os efeitos sazonais.
Na comparação do acumulado no ano, em relação ao período equivalente em 2012, a recuperação de crédito registrou elevação de 3,6%. Confrontando-se os resultados dos últimos 12 meses (dez/12 a nov/13) com os 12 anteriores (dez/11 a nov/12), a variação foi de 3,3%. A Boa Vista Serviços espera que o indicador de Recuperação de Crédito mantenha a elevação até o final de 2013, porém a um ritmo menor que o observado no primeiro semestre do ano. Confirmam essas expectativas a desaceleração no mercado de trabalho e a redução dos impactos das melhores condições de crédito na economia brasileira.

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O faturamento do comércio da região metropolitana de São Paulo apresentou alta de 1,7% em relação ao ano anterior e queda de 6,8% em dezembro no contraponto a igual mês de 2007. Os dados fazem parte da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Fecomercio – Federação do Comércio do Estado de São Paulo.

 

Os setores que mais influenciaram a retração mensal foram: concessionárias de veículos (-13,7%) e supermercados (-9,5%). Apesar do fraco desempenho já previsto do setor automobilístico, a queda do faturamento de supermercados foi determinante para o resultado negativo, devido à grande participação do setor no varejo. Em novembro as atividades também apresentaram queda (-28,4% e 9,2% respectivamente).

 

De acordo com a entidade, no último trimestre, o recuo das vendas foi de 7,4% em relação a 2007. Esse foi o primeiro índice trimestral negativo registrado desde 2002. Os resultados apurados não apenas em dezembro, mas no último trimestre de 2008 mostram a conseqüência da forte queda da confiança do consumidor, que ficou bastante apreensivo quanto às dimensões dos impactos da crise econômica sobre o emprego e consumo.

 

“O ciclo de prosperidade vivenciado nos últimos anos chegou ao fim. A crise econômica mundial será determinante não apenas para o movimento do comércio, mas para todo o sistema econômico interno. O atual cenário aponta que o problema se dissemina para todos os setores produtivos com uma intensidade e rapidez muito além da prevista, o que torna qualquer previsão de médio ou de longo prazo incerta”, afirma Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

 

A expectativa da Fecomercio para 2009 é que a crise continuará impactando negativamente o comércio varejista, sem que seja possível, nesse momento, ter uma noção mais clara das dimensões e oscilações. “É essencial que o governo federal amplie as medidas no sentido de restaurar a confiança dos agentes econômicos, como a redução da taxa de juros e diminuição da carga tributária, fatores importantes para reduzir os impactos da crise”, completa Szajman.

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