Varejo em recuperação

Após um período de forte recessão no país, a atividade econômica segue em ritmo de recuperação. E no comércio varejista não tem sido diferente. É o que revela o Indicador de Atividade do Varejo, lançado este mês pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A sondagem aponta um crescimento de 2,8% nas consultas para vendas a prazo em 2018, na comparação com 2017. É a maior alta para o mês de dezembro desde 2014, quando houve aumento de 2,2%. O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir das consultas de CPFs e é um termômetro da intenção de compras a prazo por parte do consumidor, abrangendo os segmentos de supermercados, lojas de roupas, calçados e acessórios, móveis e eletrodomésticos.
O índice confirma a tendência de retomada do varejo, que segundo dados do IBGE relativos ao terceiro trimestre de 2018 mostram um avanço de 3,3% no PIB do comércio no acumulado de quatro semestres. Muito embora o volume de vendas do varejo não tenha alcançado os patamares anteriores à crise, os números começam a distanciar-se daqueles observados nos piores momentos. “A melhora dos níveis de confiança e o clima de otimismo para uma retomada mais forte da economia ajudaram a impulsionar a atividade varejista. Mesmo considerando apenas uma parcela das vendas, aquelas feitas a prazo, o Indicador sugere avanço das vendas do varejo ao longo do último ano”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

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A Associação Comercial de São Paulo, ACSP, projeta queda de 3,6% no volume de vendas do varejo nacional no período acumulado de 12 meses terminados em setembro de 2017. Já no período anterior (setembro/2015 a setembro/2016), segundo dados já consolidados, o comércio varejista brasileiro recuou 6,6% em volume de vendas. Se a projeção da ACSP se confirmar, portanto, representará uma recuperação de três pontos percentuais no intervalo de um ano.
“A perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Para ele, 2018 será o “verdadeiro ano da retomada do setor”, que voltará a apresentar taxas expressivas de crescimento. “O ano de 2017 é de transição: estamos superando os efeitos da crise. No ano que vem, tudo sinaliza para tempos melhores.”
A projeção foi elaborada pelo Instituto de Economia da ACSP com base em dados do IBGE e do Índice Nacional de Confiança (INC), pesquisa mensal da Associação Comercial de São Paulo.

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Os dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ASCP), registram crescimento de 3,8% nas vendas à prazo, já na primeira semana de dezembro em comparação ao mesmo período em 2008. Também houve uma alta de 37,4% em relação à primeira quinzena de novembro de 2009, mostrando que o varejo de móveis e eletrodomésticos já retomou o crescimento no final de ano. Em compras à vista, o SCPC/Cheque, apontou alta de 8,2%, na primeira quinzena de novembro, refletindo a grande venda de roupas e calçados. No mesmo período, o recebimento de carnês em atraso também cresceu, chegando a 13,5%, o que sugere que a inadimplência está entrando em queda.

 

Mostrando como a crise internacional de crédito afetou o país, para o fechamento de 2009, o SCPC deve cair cerca de 9%, principalmente nos primeiros meses desse ano. Quanto ao SCPC/Cheque, projeta-se alta de 1,2% no ano, pelo aumento da massa salarial que foi pouco afetado, de 3% nos registros recebidos e de 3,85% de alta nos cancelamentos. “Os nossos dados vem confirmar nossas previsões, que sempre foram confiantes e com as mesmas expectativas positivas para 2010”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.

 

Se por um lado a crise afetou a Pessoa Jurídica, apontando resultados como as falências requeridas, que devem subir cerca de 14%, por outro serão contrapostas com 41% na recuperação, graças a nova lei de falências que evitará quebras acentuadas de empresas em 2009, com os 8.277 pedidos de 1999, quando  ainda vigorava a lei antiga.(Facesp).

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