Phillipe Alvarez, VP da Intervalor

Impacto financeiro negativo da pandemia permanece

No primeiro ano da pandemia, 90,7% dos brasileiros tiveram a vida financeira afetada negativamente e, para 85,8%, o impacto ainda permanece em 2021. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pela Intervalor, multinacional alemã de relacionamento e serviços financeiros, para avaliar a situação de consumidores inadimplentes e entender quais são os fatores que levam ao descontrole financeiro e ao atraso nas contas. Os resultados apontam, também, que a crise econômica não atingiu apenas as camadas da população com menor grau de instrução. 

De acordo com dados do IBGE divulgados em julho de 2021, a taxa de informalidade no mercado de trabalho do país subiu para 40% da população que trabalha, no trimestre finalizado no mês de maio. “Essa questão é ainda mais relevante quando observamos que 92% das pessoas que responderam se declararam como os principais responsáveis pelo pagamento das despesas da casa, ou que contribuem significativamente para o orçamento familiar. E perda do emprego e despesas médicas foram mencionadas como os principais impactos na organização financeira dos entrevistados”, relatou  Phelipe Alvarez, vice-presidente da Intervalor. 

Em relação à influência da pandemia na vida financeira em 2021, os principais impactos perda do emprego  – própria ou alguém da família (43%%); não pôde exercer atividade autônoma (22%); redução na carga horária do trabalho (20%); e gastos médicos com doença de familiar (14%). Já entre as situações inesperadas que podem comprometer a vida financeira, os entrevistados apontaram a perda de emprego na família (25%); ajudou financeiramente um familiar ou amigo (20%); gastos médicos (19%); problemas no carro/moto (18%); reforma ou conserto emergencial em casa (11%); e gastos veterinários (7%). 

Quando o assunto é a priorização de pagamentos numa eventual falta de recursos financeiros, garantir um local para moradia e serviços básicos como água e luz é a prioridade para a maioria: aluguel (31,5%); contas de consumo de água, luz, etc (26,4%) e fatura do cartão de crédito (13,1%) “Já a priorização do pagamento das faturas pode ser explicada porque muitas vezes o cartão de crédito é utilizado como complemento salarial – os consumidores já contam com o limite disponível para cumprir com suas despesas recorrentes”, finaliza Alvarez.

Recalibra
A companhia lançou no Brasil o Recalibra, uma solução para negociação de dívidas sob medida. Ao olhar para o consumidor de forma individualizada, a plataforma recomenda, como um concierge, a melhor opção de pagamento de acordo com seu perfil, momento de vida e necessidades. Até o lançamento dessa plataforma, a estratégia de negociação era baseada em um conjunto de variáveis históricas do consumidor, proveniente de diferentes fontes, que os agrupava de acordo com características semelhantes; como por exemplo, a propensão de pagamento de uma dívida.

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