A maior preocupação dos brasileiros das classes sociais mais baixas que procuram por crédito é como pagar as contas básicas do mês
As mulheres das classes C, D e E buscam mais empréstimos (55%) e as pessoas que trabalham por conta própria recorrem mais a crédito para complementar a renda, sendo 46% profissionais autônomos ou empreendedores contra 38% assalariados. Os dados fazem parte da pesquisa “A Cara do Cliente” realizada pela Jeitto, especializada em empréstimos on-line, mostrando ainda que os brasileiros dessas classes sociais têm como maior preocupação pagar as contas básicas do mês, seguido pela incerteza sobre como conseguir cobrir as despesas mensais com mercado e alimentação. O levantamento busca traçar um perfil do brasileiro que procura por crédito, realizado a partir da base de clientes da fintech.
Dados do IBGE indicam que 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,5 mil por mês e 70% ganham até dois salários mínimos. O que também representa o perfil dos clientes do aplicativo que oferece soluções de crédito digital ao público das classes C, D e E, e que em março, registrou número recorde de cadastros em seu app, ultrapassando a marca de 350 mil no mês.
De acordo com a sondagem, mesmo com renda mensal, 34,8% dos entrevistados têm como maior preocupação conseguir pagar as contas do mês, seguido pelas despesas com mercado e alimentação (22,4%). Gastos com saúde e o medo de precisarem pedir dinheiro emprestado também aparecem nas respostas.
Como maior obstáculo da vida financeira, 27,2% dos participantes relataram a necessidade de pagar dívidas e 23,7% consideram que possuem renda considerável, mas não conseguem se organizar financeiramente para alcançarem seus objetivos. Quando questionados sobre os próximos 12 meses, 17,2% voltaram a citar a quitação de dívidas, enquanto 13,2% querem economizar dinheiro e 9,9% pretendem reformar a casa. Sobre economizar dinheiro, 35,4% declaram que conseguem só quando sobra, depois de pagarem o que precisam, enquanto 9,7% não conseguem, pois falta dinheiro para todas as contas e despesas.
“Procuramos, com essa pesquisa, nos aprofundar cada vez mais nas particularidades dos brasileiros, compreendendo a sua jornada e padrões comportamentais. É muito importante que estejamos conectados, que saibamos de suas necessidades, para oferecer a melhor solução. Além disso, nos ajuda a ter uma dimensão das necessidades da população como um todo, já que a maior parte dos nossos usuários compõem o padrão de vida dos brasileiros. Isso permite ampliar o impacto e alcance do Jeitto, fazendo que a empresa atinja o propósito de melhorar a relação das pessoas com crédito”, comentou Pablo Gomes, CMO da empresa.
Metodologia
Participaram da pesquisa 1560 pessoas, entre elas 55% mulheres, 33% entre 35 e 44 anos, a grande maioria de pais e mães (80%) e 70% com casa própria e responsáveis pelas contas do lar. Apenas 19% dos participantes chegaram ao ensino superior e 53% possuem a mesma renda todos os meses.
Foram considerados os dados demográficos, perfil comportamental sobre as principais preocupações e gestão financeira, objetivos e capacidade de planejamento. Além disso, também entraram na pesquisa considerações sobre os produtos Jeitto utilizados e a forma como são aplicados, além de observação e monitoramento de social listening, que trouxeram informações importantes sobre temas, tom de voz e comportamento dos clientes nas redes sociais.