Em 2010, as expectativas são de que haja um aumento de 30% no crédito brasileiro, o que representaria um volume total de R$ 1,77 trilhões em empréstimos, de acordo com previsões de bancos e federações do setor de crédito. Porém, deste montante, aproximadamente R$ 80 bilhões se reverteriam em inadimplência, segundo o último relatório de políticas creditícia, monetária e fiscal do Banco Central, divulgado em 29 de dezembro de 2009. Entretanto, segundo Wellington Gomes, diretor de novos negócios e desenvolvimento da SysOpen, este índice do BC inclui apenas dívidas que ultrapassam 90 dias de atraso, ou seja, não acrescenta o montante de compromissos não pagos que circula pelas áreas e empresas de recuperação de crédito e que são recuperados em períodos anteriores a três meses.
“Além disso, a medição é feita apenas em relação à inadimplência do mercado financeiro, sem levar em consideração a inadimplência das empresas de serviços, tais como telefonia, energia elétrica, água, gás, TV a cabo, entre outras, e também boa parte do varejo que trabalha com financiamentos próprios sem a utilização de recursos do mercado financeiro. Desta forma, a inadimplência real, incluindo contas com atraso superior a 10 dias, e em todos os tipos de mercados, pode atingir níveis superiores a R$ 250 bilhões”, completa Gomes.
É com base nestas perspectivas que trabalhará o mercado de recuperação de crédito durante o ano que se inicia. Segundo Gomes, o mercado de recuperação possui atualmente uma força de trabalho próxima a 100 mil pessoas, empregadas direta ou indiretamente, e ainda está em constante aperfeiçoamento. Diante disto, o executivo considera fundamental que as empresas possuam uma base de tecnologia sistêmica para suportar todo este mercado. “Sem um sistema informatizado será uma missão quase impossível trabalhar no segmento de recuperação de crédito, atendendo ao enorme volume com eficiência e eficácia, bem como se adaptando diariamente às novas demandas e necessidades próprias deste mercado”, ressalta.