As micros e pequenas empresas costumam enfrentar problemas financeiros. Com o objetivo de mudar esse cenário, o Banco Central colocou em audiência pública uma resolução, que, se aprovada, deve facilitar o acesso dessas empresas a empréstimos e financiamentos por meio das cooperativas. De acordo com Marcos Antônio de Andrade, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, se as garantias propostas forem bem aceitas pelos agentes financeiros privados, os impactos serão positivos porque diminuirá o risco para concessão de crédito. “Na prática poderá haver aumento nos prazos de financiamento. A expectativa é que possam chegar facilmente aos 60 meses, bem como, a redução nas taxas de financiamento”, explica.
Nesse sentido, no entanto, Andrade acredita que a resolução só deve ir pra frente, se ela for interessante para os bancos privados. “As garantias a serem propostas pelas cooperativas podem não atender às necessidades dos agentes financeiros privados. Ou seja, os bancos ainda provavelmente irão avaliar os riscos, bem como os setores mais críticos das cooperativas”, afirma.
Ainda segundo o professor, o objetivo inicial é justamente diminuir essa inadimplência das empresas, mas as condições ainda deverão ser analisadas pelo mercado, pois a resolução pode trazer desvantagens. “Ainda será necessário avaliar os riscos e os tipos de emendas que deverão ser aprovadas. Acredito que o sucesso está diretamente associado ao apetite dos bancos em aumentar exposição de risco em determinados setores”, ressalta.
