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A flexibilidade dos novos ambientes de trabalho

Substituindo com vigor, nos últimos anos, o simples e tradicional modelo de terceirização de espaços de trabalho pela diversidade de modelos, o Grupo IWG poderia vir a sofrer com a massificação do home office imposta pela pandemia. Entretanto, seguiu na contramão dessas expectativas negativas e vem crescendo por meio da flexibilidade que oferece para as várias demandas a partir das empresas clientes. Essa é, pelo menos, a realidade demonstrada pelo crescimento do grupo, detentor das marcas Regus e Spaces, entre outras, e que, em plena crise, chegou a inaugurar, no ano passado, um prédio com 10 andares de escritórios compartilhados no Rio de Janeiro. As alternativas que se ampliam nessas ofertas e as perspectivas de um mercado que se reinventa na atual transição foram compartilhadas, hoje (11), por Otavio Cavalcanti, diretor de vendas do Grupo IWG, na 221ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.

Uma das grandes incógnitas, em 2020, no bojo da crise sanitária, era em relação ao futuro da oferta de espaços de trabalho. Porém, o executivo, já acostumado a ter de responder sobre esse futuro, asseverou que as expectativas do lado positivo prevaleceram. “A crise possibilitou que as organizações testassem movimentos que não fariam em um ambiente de normalidade. Ou seja, surgiu uma grande flexibilidade de experiências de locais de trabalho.” Nessa esteira, complementou, surgiu a possibilidade de se analisar alternativas de mais qualidade em estruturas e ambientações, combinando tudo com a análises de custo/benefício do cliente, levando a otimizar o negócio. “Salas nas quais, anteriormente, trabalhavam duas pessoas, hoje abrigam de seis a oito, por exemplo, em ambientes mais agradáveis.”

Surgiram, dessa forma, conceitos mais amplos que atraíram novos tipos de clientes. Entre as mudanças, citou os exemplos de CEOs ocupando também open spaces, muito mais áreas comuns, realização de eventos para networking entre as empresas, etc. Tudo levou a empresa a deixar de ser um negócio elitizado voltado basicamente para multinacionais, contando agora com a adesão de startups, pessoas físicas, entre outros. E todos percebendo a possibilidade de criar, também, uma rotatividade nos modelos de trabalho.

Desenvolvendo uma carreira de 12 anos no grupo britânico, Cavalcanti descreveu a guinada que representou às organizações deixarem uma única preocupação, que era a de terceirizar espaços, até à popularidade do conceito de coworking. Esse trajeto da simples locação até à adesão ampliada à ideia do escritório compartilhado foi fruto de muitas pesquisas de campo que mostravam, por exemplo, o desperdício de várias salas ociosas nas organizações de todos os tipos. Análises que desembocaram também, agora, no surgimento do conceito de squads working. Equipes coesas de diferentes áreas da mesma empresa operando em locais distintos.

Hoje, na avaliação do executivo, a tendência é que cresça mesmo a diversidade dos tipos de ambientes de trabalho oferecidos. Ele mencionou como alternativas já disponíveis locais tipo butique, além de espaços mais individualizados, outros voltados especificamente para o público feminino, etc. Ele atribuiu o crescimento da organização, mesmo durante as circunstâncias pandemia, aos seus times de profissionais que contam com alguns há mais de 10 anos na equipe. “Eles é que trazem insights dos clientes para que possamos inovar ou nos adaptarmos às necessidades emergentes. E nós, como diretoria, estamos também constantemente no campo para entender a questão global, com criação de espaços de coworking cada vez mais atualizados aos anseios da nova realidade. Muitas das ideias surgem de fora do país e as adaptamos às características das organizações brasileiras. O fato de sermos um grupo multinacional muito atuante em vários países nos favorece bastante ao compartilhar experiências vencedoras.” Isso ajudou muito, inclusive, nas respostas à pandemia, pois havia um comitê de contingência criado antecipadamente. Em plena crise, o grupo ostentou ousadia ao inaugurar uma unidade de 10 andares no Rio de Janeiro, ocupando um espaço de um grande concorrente que decidiu por vender o local. A perspectiva este ano, assegurou Cavalcanti, é criar cerca de 100 franquias do negócio e se tornar líder inconteste desse mercado.

O grupo tem como objetivo estar presente com alternativas de ofertas ao máximo de cidades brasileiras, garantiu o diretor. Em São Bernardo do Campo, por exemplo, há uma unidade de coworking totalmente ocupada. “Atuando com fundos de investimentos e franquias, a dinâmica da empresa é crescer junto com os parceiros. Outra vantagem é uma certa padronização internacional da atuação das marcas, o que nos favorece comercialmente em qualquer lugar.” Indagado sobre sua trajetória de aprendizado para crescer junto com a organização, ele contou sobre suas experiências graças às quais, visitando todo tipo de prédio e espaços com potencial de aproveitamento, lhe permitiu perceber bem as características locais. “Isso nos dá velocidade para fazer parcerias já bem identificadas sobre se os espaços são adequados ou não aos objetivos.”

Chegando perto do fechamento da live, o executivo detalhou o desafio de criar espaços voltados para todas as gerações de profissionais e suas peculiaridades. Com isso, o propósito é o de entregar produtos que realmente funcionem, inclusive para retenção de talentos. Desde espaços mais despojados até o com salas mais privativas. E, indagado sobre a inserção de aspectos tecnológicos que favoreçam as decisões dos clientes na ocupação dos espaços, ele mencionou recursos por meios remotos que facilitam a movimentação e a segurança sanitária nesses escritórios compartilhados. E, também, convidado a responder sobre uma eventual ideia de abrigar squads específicas de inovação, ele disse que isso tem partido das iniciativas dos clientes e que há planos para criação de locais que fomentem essa iniciativa. Será, no futuro, também, um dos planos globais. Finalizando com análises sobre os pontos positivos da flexibilidade que permite estar presente em locais pertos das residências dos colaboradores, uma opção a mais de conveniência dentro do modelo de trabalho remoto.

O vídeo com o debate na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 220 lives feitas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A série de entrevistas terá sequência amanhã (12), com o “Sextou?”, que debaterá as questões envolvendo a liderança sob a ótica da cultura cliente, com Chieko Aoki, presidente do Blue Tree, Daniella Mello, CEO e fundadora do Cheftime e Marusia Gomez, CEO da Ikê Assistência Brasil.

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