CEO e cofundador da Positive Company conta como iniciativa familiar transformou matérias primas em símbolos da alimentação natural e consciente no Brasil
O que começou como uma iniciativa familiar ligada à castanha de caju transformou-se em um movimento que vem colaborando para redefinir, em parte, o consumo alimentar no Brasil. Com o propósito de oferecer um produto natural, a marca A Tal da Castanha surgiu criando um leite vegetal com apenas dois ingredientes — água e castanha de caju. A partir dessa visão, nasceu depois a Positive Company, plataforma de marcas que ampliou fronteiras e conquistou consumidores em busca de saúde e transparência, reunindo diversos produtos. Essa trajetória guiada por inovação e propósito foi descrita por Rodrigo Carvalho, CEO e cofundador da Positive Company, hoje (06), na 1238ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Completando 10 anos, desde o lançamento da primeira marca, a Tal da Castanha, o executivo afirmou que a iniciativa nasceu dentro da sua família, em Fortaleza (CE), que já tinha um negócio com castanha de caju há mais de 30 anos. “Na época do nosso lançamento, estava bombando nos Estados Unidos o leite de amêndoa, então, meu pai e meu irmão decidiram aproveitar a ideia para agregar mais valor à nossa indústria.” Assim, A Tal da Castanha nasceu da vontade de diversificar uma indústria de commodity. “O grande salto foi quando percebemos que isso poderia ser bem maior do que apenas agregar valor ao negócio, criando algo diferenciado com impacto positivo para o consumidor. Foi nessa virada de chave que surgiu a Positive Company, voltada para um estilo de vida onde a alimentação fosse o vetor para uma vivência mais saudável.”
Isso, nas explicações de Rodrigo, trouxe insight de oferecer produtos sempre limpos, transparentes e naturais, iniciando pelo leite vegetal com dois ingredientes: água e castanha de caju. “Isso foi uma revolução, algo muito difícil de fazer, bem diferente de como era produzido o almond milk. Lá nos Estados Unidos esse tipo de produto, como e quase todos, carrega muitos aditivos e quase nada de amêndoa, ou seja, agregando muito pouco na alimentação das pessoas.”
A proposta era fazer algo que incorporasse elementos saudáveis, naturais, o que deu muito trabalho, porque, segundo ele, ninguém sabia como produzir. Segundo o executivo, foram meses de pesquisa e desenvolvimento, em parceria com nutricionistas, médicos, engenheiros de alimentos e contando com a ajuda da Tetra Pack – especializada em soluções de processamento e envase de alimentos. “Até que, depois de muitos testes, conseguimos chegar a um produto que correspondia às expectativas. Partimos, então, para a segunda etapa, que era testar junto ao consumidor para chegar ao sabor ideal. Até que, finalmente, lançamos no mercado nosso primeiro produto, que se mantém até hoje.”
Ele explicou que o preço do produto tem de ser um pouco mais elevado justamente porque, por não possuir aditivos, demandando grande quantidade de matéria prima para ficar agradável. “Em compensação, o poder nutricional é bem maior, agregando saúde ao consumidor. O que é percebido, já que muitos acompanham os valores nutricionais nas embalagens. E hoje dominamos 46% do mercado de leite vegetais no País. Porque se trata de um consumidor mais exigente e que aceita pagar um pouco a mais por um produto, natural, saudável e transparente.”
O CEO respondeu ainda questões da audiência, como por exemplo sobre o perfil dos consumidores, informando que apenas 8% são veganos, sendo os demais pessoas que buscam uma alimentação mais natural e saudável. “São os que já estão conscientes da interferência do estilo de vida para a saúde, que envolve prática de esportes, uma alimentação balanceada, etc. É o consumidor que substitui os remédios, levando as farmácias, atualmente, estarem com suas prateleiras cheias de suplementos alimentares e produtos naturais e saudáveis.”
Ele explicou, também, os motivos do crescimento sustentável da empresa, até começar a diversificar, surgindo na sequência uma série de SKUs em um amplo portfólio de leites vegetais, seguindo os hábitos de costumes dos consumidores. Depois vieram, em 2019, o isotônico natural Jungle, e, na sequência, o Ultracoffee, a marca Plant Power de suplementos naturais , e mais recente a união com a Zaya para uma linha de snacks, tudo dentro do conceito de saudabilidade. O vídeo, na íntegra, está disponível no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1237 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever.
A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana amanhã (07), com o Sextou, que debaterá o tema “Startups: A verdadeira disrupção está na visão cliente”, reunindo Cassio A. Spina, diretor-presidente e fundador da Anjos do Brasil, Lídia Gordijo, CXO da Buser, Jaimes Almeida Neto, CRO e cofundador da Budz e Danielly Fonseca, head de customer success do will bank. E, para a próxima semana, a agenda da Série já tem programado para, na segunda-feira (10), a presença de Miguel Góes, sócio-diretor da MM12, que falará da fidelização guiada por IA, propósito e valor emocional; na terça, será a vez de Renato Gonçalves e André Zandona, respectivamente VP de vendas e experiência do cliente e head de experiência do cliente e eficácia de vendas da Creditas; na quarta, Claudio Souza, CEO da BusCo; e, na quinta, Gustavo Maia, CEO fundador da Colab.





















