Tamila Araldi, gerente de marketing e experiência do cliente na Mundo Animal

O desafio de testar rápido e errar barato no marketing de experiência 

O tempo de resposta importa tanto quanto a ideia em si e, por isso, o teste piloto é a chave para uma decolagem mais rápida

Autora: Tamila Araldi

No marketing — especialmente quando se fala em experiência do cliente — não existem mais verdades absolutas. O que funcionou no mês passado pode não funcionar mais. O consumidor está em constante transformação, o mercado oscila com frequência e os canais se multiplicam. Nesse cenário, as marcas que se destacam não são necessariamente as que sabem tudo, mas as que estão dispostas a testar, errar, aprender e ajustar com agilidade. É necessário se movimentar com segurança, mas sem perder velocidade.

E essa estratégia não está restrita à área de marketing. Em todas as frentes de uma empresa, a lógica é a mesma: inovar, testar, escutar, corrigir e implantar com força e estratégia. O objetivo não é acertar de primeira, mas construir acertos consistentes a partir de tentativas bem conduzidas. E isso só é possível quando a cultura organizacional valoriza o aprendizado constante, a colaboração entre áreas e a escuta ativa do cliente. 

Nesse novo cenário, o mindset ágil ganha protagonismo. Termos como MVP (Produto Mínimo Viável) e “testes A/B” deixaram de ser exclusivos do mundo da tecnologia e passaram a integrar o vocabulário do marketing. As marcas precisam lançar ideias em versões enxutas, acompanhar o comportamento do público em tempo real e adaptar rapidamente com base no que funciona — ou não. O tempo de resposta importa tanto quanto a ideia em si e por isso o teste piloto é a chave para uma decolagem mais rápida. 

Segundo pesquisa da McKinsey, empresas que adotam uma cultura de experimentação e aprendizado contínuo crescem até 40% mais rápido do que as que seguem modelos tradicionais e engessados. Isso porque o mercado atual recompensa quem é capaz de se adaptar, penalizando aqueles que demoram a reagir. 

Outro fator importante é entender que inovar não significa, necessariamente, criar algo inédito no mundo. Muitas vezes, a verdadeira inovação está em ressignificar o básico, fazer melhor o que todo mundo faz ou identificar um detalhe que pode ser ajustado para tornar a experiência e a operação mais fluídas, agradáveis ou encantadoras. 

Aprender com dados, com o comportamento real dos clientes, com as reações nas redes e com os feedbacks recebidos passou a ser necessidade para qualquer negócio. A escuta ativa e a análise constante são aliadas valiosas para quem quer construir estratégias cada vez mais assertivas e personalizadas. No marketing de experiência, não há mais espaço para repetir fórmulas antigas esperando resultados diferentes. O que existe é a oportunidade — e a necessidade — de agir com coragem, criatividade e velocidade. O erro faz parte do processo. O acerto vem de quem se permite experimentar. Qual é a sua escolha hoje? 

Tamila Araldi é gerente de marketing e experiência do cliente na Mundo Animal.

Deixe um comentário

Rolar para cima