A experiência do usuário é o rei e a velocidade é a coroa
Autor: Vitor Roma
Para entender o que é performance digital, é necessário conhecer a sua importância estratégica na nova era. O ponto de partida é compreender “para que” serve e como ela quase sempre representa dinheiro. Não se engane: performance não é um luxo técnico. É uma linha direta no seu balanço.
Imagine seu cliente com o cartão na mão, pronto para finalizar uma compra. Ele clicou, esperou… esperou mais um pouco… e desistiu. Cada milissegundo de lentidão é um convite à desistência, uma porta aberta para o concorrente.
Pense em um e-commerce. Uma requisição de API que leva 500ms a mais para carregar o carrinho de compras pode parecer pouco. Mas multiplique isso por milhões de usuários. Essa latência, muitas vezes causada por consultas ineficientes a bancos de dados distribuídos ou por uma rede de entrega de conteúdo (CDN) mal otimizada, se traduz diretamente em carrinhos abandonados e, consequentemente, em receita perdida. Não é teoria, é matemática pura: menos conversão, menos faturamento.
E não é só na venda direta. O Google não perdoa. Sites lentos são penalizados no ranking de busca, diminuindo sua visibilidade orgânica e, de novo, seu potencial de faturamento. A experiência do usuário é o rei; e a velocidade é a coroa.
Mas a performance vai além de evitar perdas. Ela é o motor da escalabilidade, a garantia de que seu negócio pode crescer sem implodir. Um produto digital performático é como um atleta de alta performance: aguenta o tranco.
Logo, chega a Black Friday, e com ela, o lançamento de algum produto viral ou uma campanha de marketing. Um sistema bem arquitetado, com microsserviços desacoplados e estratégias de cache (espaço de armazenamento) robustas, consegue absorver picos de tráfego massivos. Isso significa que, enquanto o concorrente “cai” sob a pressão, você está lá, vendendo, entregando valor. A capacidade de um sistema de auto-escalar recursos computacionais em nuvem, por exemplo, não é só uma “feature” técnica; é a garantia de que sua operação não vai parar quando a oportunidade bater à porta.
E a estabilidade que a performance traz? Menos incidentes, menos custos com suporte, e uma reputação de solidez que vale ouro. Um produto que não falha sob pressão reduz riscos operacionais e de imagem, protegendo o valor da sua marca.
Performance digital não é um “nice to have”. É um “must have”. É o combustível que move a máquina financeira do seu negócio, transformando cada otimização em lucro e cada lentidão em prejuízo. Então, a pergunta que fica é: quanto você está disposto a deixar na mesa por não priorizar a performance do seu produto digital?
Vitor Roma é CEO da Keego.