Análise preditiva e geolocalização

Uma das naturezas de dados que mais têm crescido nos últimos anos é a de georreferenciados. Muitos registros de transações já nascem acompanhados de coordenadas precisas de sistemas de GPS, ou mesmo de cruzamento de posições de antenas de telefonia celular. A exploração analítica desses dados, associados às características demográficas ou comportamentais das pessoas ou empresas que os geraram, abre novas possibilidades quanto à gestão de riscos e marketing em muitos segmentos de negócios.
Naturalmente que, por suas características, os dados de geolocalização terão de ser tratados por ferramentas estatísticas que consigam interpretá-los de maneira correta, extraindo significados e gerando novos conhecimentos. Note que há um refinamento muito grande em relação a dados como o CEP, que oferecem uma visão em mais alto nível de referência geográfica. Vejamos alguns exemplos.
Uma empresa de logística e transporte tem a possibilidade de compreender melhor as relações entre consumo de combustível, velocidade, características dos motoristas e cargas, posição dos veículos e incidentes, racionalizando seus custos e aprimorando o planejamento junto aos clientes. Uma operadora de telefonia celular pode oferecer serviços aos varejistas para geração de cupons de desconto via SMS ou e-mail, levando em consideração a posição do cliente e os roteiros mais frequentes a partir daquele ponto.
Uma seguradora tem a possibilidade de avaliar o risco com mais precisão, em ramos como automóvel e residencial. Hoje, já há produtos de seguros que contam com dados de rastreamento de veículos, que levarão em consideração características comportamentais e hábitos dos condutores como velocidade ao dirigir e local de estacionamento do veículo. Há uma grande oportunidade de desenvolvimento de produtos mais personalizados, com o custo adequado ao efetivo perfil do motorista, o que é mais justo que os questionários de declaração de risco existentes na maior parte dos seguros.
Já a segurança pública pode aprimorar o planejamento de sua operação por meio de correlações entre localização das ocorrências policiais, natureza dos crimes e posicionamento das forças de segurança. Os fatores de risco estarão evidenciados estatisticamente.
Como se vê, oportunidades não faltam! Mãos à obra!
Leonardo Vieiralves Azevedo é diretor da Habber Tec Brasil.

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