Acho que não há dúvida de que “big data” é realmente grande. E está virando a cabeça de todo mundo. Uma pesquisa recente da Accenture mostrou que as empresas estão usando o big data de uma forma bem ampla. No entanto, elas relataram também que seu uso não está mudando as coisas em um nível fundamental.A consultoria ouviu executivos de todo o mundo sobre as áreas onde big data estava provocando o maior efeito sobre os seus negócios e apenas 5% disse que seu efeito principal mudara fundamentalmente a maneira como eles fazem negócio. Cerca de um quarto incluiu essa resposta entre as top três.
Os entrevistados, na verdade, foram muito mais propensos a dizer que onde o big data realmente faz grandes ondas é impactando o relacionamento com os clientes, redefinindo desenvolvimento de produtos, mudando a maneira como se organiza as operações, otimizando a cadeia de suprimentos e tornando o negócio mais focado em dados. Mesmo essas respostas, porém, variaram em relação às funções de negócios e não foi possível estabelecer um somatório que represente uma mudança fundamental nas práticas de negócios, de acordo com respondentes.
Apesar disso, a mesma pesquisa constatou que os entrevistados acreditam que big data tem o potencial de transformar seus mundos.
Um total de 89% dos executivos disseram à Accenture que eles pensam que big data pode “revolucionar a forma como fazemos negócios”, em proporção semelhante ao que realizou o advento da internet. E mais de metade do total concordou fortemente com essa afirmação.
Outras grandes mudanças também são aguardadas pela maioria dos pesquisados. O que será necessário para ir do sonho à realidade, porém, continua a ser uma questão. Talvez, como foi dito em recente congresso na cidade de São Paulo, realizado pela Abemd e pela Qibras, com apoio da ClienteSA, a resposta virá quando o foco deixar de ser a quantidade e passar para qualidade: em vez de big data, smarter data.
Até a próxima!
Fernando Guimarães é especialista em marketing direto e de relacionamento. Email: [email protected]
