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Como será no futuro?

É comum nos impressionarmos com a agilidade em que o mundo se transformou. Há uma década, a Internet iniciava a sua expansão e as pessoas também começavam a entender sobre os benefícios que ela poderia trazer. Em compensação, hoje já é quase impossível imaginar uma vida sem ela… desafio maior será tentar viver sem a facilidade que os diversos aplicativos que colocam um novo universo a nossa disposição. Se for concretizada, a transformação proporcionada pela web será maior ainda com a Internet das Coisas, que nada mais é do que a “conversa” com equipamentos do mundo empresarial e doméstico. “A chegada dela será semelhante à chegada da telefonia celular na vida das pessoas”, compara Fernando Martins, diretor executivo da Intel.
Há quem diga até que mais do que ser uma futura realidade, ela já começou a acontecer. A forma como a sociedade vive nos dias atuais seria uma prévia de como será o amanhã. Inclusive, essa é uma das explicações para o fato de que, apesar de decisiva, talvez as pessoas não sintam fortes impactos. “A revolução acontece bem debaixo dos nossos olhos e porque estamos imersos nela nem percebemos a mudança”, afirma Fernando Camargo, presidente da CLM. Partilhando dessa opinião, Gabriel Rossi, especialista em marketing digital, acredita que será um processo indiscutível, uma transformação quase que natural para a sociedade. “Ela virá que nem eletricidade, que as pessoas vão entender como óbvio. De toda maneira, será só preciso se adaptar ao ambiente.”
As mudanças não se restringem às pessoas. O mercado também será obrigado a se submeter a grande transformações. “No futuro, terão dois tipos de varejo, o que vai adotar as estratégias da Internet das Coisas e aquele que não vai adotar. Será uma revolução do varejo, pois quem não adotar, provavelmente, estará fora do mercado”, explica Martins. Nesse ponto, há quem já esteja trabalhando dentro desse conceito. Como os clientes ainda não estão muito cientes sobre como será esse amanhã, algumas empresas que se valem dessa ideia de próxima geração virtual para inovar. “A indústria está querendo usar esse conceito para levar a um novo nível e vender seus novos produtos, que poderão servir para o futuro. O usuário não sabe que ele precisa de tudo isso, mas as empresas já estão criando um portfólio, pois todos os produtos no futuro irão mudar para se adequar à essa nova era”, expõe Sakis. Segundo o executivo, o Google Glass é uma prova desse comportamento.
O QUE MUDA?
Apesar de ainda ser uma incógnita, existem algumas previsões. Em primeiro lugar, é incontestável a ideia de que as empresas terão acesso e receberão uma quantidade muito maior de informações, consequência dos diversos sensores conectados. Contudo, “de nada adiantará essa imensidão de objetos e a infinidade de dados produzidos se as empresas não os tratarem corretamente. Ou seja, será necessário elaborar políticas de governança de dados, escolher corretamente as formas para capturar e gerenciar esses dados, transformar tudo isso em informações estratégicas para a tomada de decisão a fim de inovar e gerar mais negócios para os empreendimentos”, conta Mário Almeida, diretor da agência S4W Marketing Digital.
Com o excesso de dados, as empresas conseguirão ainda realizar um aprofundamento maior na construção do perfil de seu público. Ou, como ressaltou Almeida, um “raio-x” completo do comportamento. Porém, a gestão dos clientes também promete ser ambígua. “Com a Internet das Coisas, a gestão do cliente vai se tornar mais fácil e mais complexa. Mais fácil, porque vai ter muito mais acesso a informações do cliente. Ao mesmo tempo, vai ser uma confusão muito grande de muitas informações que vai ter deles”, aponta Juliana Ferreira, sócia-diretora executiva da A2F.
Irão se sobressair no mercado da Internet das Coisas aqueles que souberem aproveitar a imensidão de conteúdos e achar o ouro para o seu negócio. Gabriel Rossi avalia que mais do que serem diferentes, as empresas terão de procurar constantemente pelas diferenças, uma vez que a expectativa de consumo será inconstante. Em uma realidade na qual as pessoas não precisarão ir até os produtos e serviços, esses virão até ele, a volatilidade se fará necessária. Aumentar a interação com os consumidores, fazendo com que eles participem na elaboração de algo poderá ser um caminho, pois entenderão a necessidade da empresa e conseguirão suprir as suas.
EVOLUÇÃO
Entre as tantas teorias criadas sobre o assunto, encontram-se as definições criadas pela Cisco e IDC. A primeira afirma que esta será a quarta geração da internet. Segundo Marcelo Ehalt, diretor de engenharia da Cisco, a primeira geração foi o avanço dos e-mails e dos browsers, em que o acesso era importante especificadamente a esses serviços. Em seguida veio o momento da internet comercial, com a expansão do e-commerce, das ações de business e outros. A terceira é a qual nos encontramos hoje em dia, que é uma fase de transição, na qual há uma maior impulsão das redes sociais, aumento a necessidade de conectividade entre as pessoas, ou seja, o seu valor na sociedade começa a ser transformado e mais permissivo na vida de cada um. Já a última etapa será a da mudança máxima. “Na quarta geração, será algo de uma maneira mais inteligente, mudando o hábito do cidadão em relação ao uso da tecnologia”, aponta.
Já a IDC teorizou sobre três plataformas, sendo que a primeira foi a época dos mainframes e dos computadores de grande porte, a segunda foi o período do cliente-servidor, em que iniciaram a fabricação de softwares e as empresas também começaram a adquirir computadores e difundi-los internamente. A terceira e atual fase, de acordo com Reinaldo Sakis, research and consulting manager – consumer & comercial devices da empresa, é baseada em quatro pilares: social media, big data, analytics e mobilidade. “E quando a gente fala sobre as mudanças que as empresas terão de passar para Internet das Coisas, elas deverão passar por esses quatro pilares.”
Claro que, como qualquer inovação, existe ainda a probabilidade que esse novo modo de vida igual ao desenho Jetsons, não chegue para todos. “Creio que o processo cultural de aceitação desse fenômeno será diferente e ocorrerá com características distintas de região para região. Fatores sócio econômicos de acesso à tecnologia e nível educacional das diferentes populações também influirão no processo”, aponta Dane Avanzi, vice-presidente da Aerbras e diretor do Instituto Avanzi. Agora, será nas regiões mais desenvolvidas, principalmente, nas grandes metrópoles que as influências mais fortes ocorrerão. “A internet da coisas vem para facilitar nossa vida. Desde a locomoção, até toda parte de transporte urbano ou de gestão de tráfego. Será uma locomoção de uma maneira mais inteligente, que mudará o hábito do cidadão em relação ao uso da tecnologia”, declara Ehalt.
Em meio a tantas suposições, uma coisa é certa: só sobreviverão os que já estão investindo em tecnologias e pensando no futuro. Os que ainda não o fazem, ou ainda não pensaram em se modernizar em longo prazo, provavelmente não conseguirão se manter. Mas ainda há tempo, como reforça Almeida. “Atualmente, a maioria dos empreendimentos não possuem nem o primordial, que seria um website orientado para a geração de negócios, participação ativa nas mídias sociais, loja virtual, entre outros. O ponto de partida é planejar a presença estratégica no mundo digital”, finaliza.

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