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Oracle. A escalada continua

O esforço da maior empresa de banco de dados do mundo, dis posta a liderar outros segmentos do mercado de software, não se esgotou no final do ano passado, com a compra da PeopleSoft, até então à frente do mercado mundial de soluções de CRM (Customer Relationship Management) – uma operação que lhe permitiu mais do que dobrar, da noite para o dia, a carteira de clientes. A escalada também não vai parar na incorporação, em março, por US$ 11,25 milhões, da Retek, a norte-americana especializada em aplicativos para empresas de varejo, deixando para trás a alemã SAP, que chegou a sonhar com a aquisição.

De olho em outras gordas fatias do mercado mundial de software, a Oracle agora corteja a Microsoft, usando a mesma tática que a levou, depois de mais de um ano, a adquirir a PeopleSoft: a pressão. Na coletiva de imprensa em que apresentou os planos da empresa para a América Latina, em 2005, no mês passado, em São Paulo, o vice-presidente sênior para a região, Luiz Meisler, disse que a dona do mundo Windows corre sério risco ante a escalada do sistema operacional Linux.

Mas, reconhecendo a competência de Bill Gates, exortou-o a fazer parceria com a Oracle. “O Linux foi uma grande descoberta e fará sombra à Microsoft muito em breve. Se ela fizesse parceria conosco, aí, sim, não ia ter para mais ninguém, porque estaríamos somando à capacidade de vendas do Bill à força dos produtos Oracle, rima que garantiria a ambas as empresas a liderança absoluta”, argumentou o executivo. Na opinião dele, a aliança com a Microsoft, que dispõe da mais ampla e eficiente malha de revendedores, permitiria à empresa de banco de dados, entre outras coisas, reforçar a logística de distribuição.

Parcerias – Além da compra de outras empresas cuja linha de produtos e know-how possam “agregar valor” à plataforma Oracle – possibilidade que não está descartada -, segundo o VP para a América Latina, as parcerias são a maneira mais segura de ganhar mercado e conservar as posições já conquistadas. “Não vamos abrir a guarda, pois manter a liderança é muito mais difícil do que crescer, simplesmente porque chega o momento em que não é mais possível subir e manter a dianteira passa a ser o grande desafio”, disse o executivo.

O cuidado com a concorrência também inclui a monitoração dos passos da SAP, que Luiz considera “um engenho velho, mas que ainda funciona bem”. Nesse sentido, cobrir a oferta da alemã no processo de compra da Retek foi apenas parte de uma queda de braço que promete ir longe. Mas é no campo da tecnologia que a Oracle pretende bater os inimigos. Com uma carteira de clientes formada por, aproximadamente, 23 mil grandes corporações do mundo inteiro, boa parte deles instituições financeiras, ela vem se firmando cada vez mais no mercado de tecnologia para Internet. E pretende prosseguir na ação, investindo em soluções escritas em linguagem Java. “Essa é a tecnologia do futuro. Além de muito mais simples é de baixo custo”, sinalizou o VP para a América Latina, que defende o desenvolvimento de soluções capazes de garantir o acesso, rápido, fácil e barato, à Internet via telefone celular.

“Com o celular conectado ao meu escritório, consigo trabalhar de onde estiver”, sugeriu Luiz, lamentando que, ainda hoje, “as pessoas resistam à tecnologia e continuem a imprimir emails para ler depois”. De certo modo, ele acredita que a Oracle já deu um passo importante na direção da liderança também nesse

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