A três meses desse evento varejista uma série de questões ainda precisam ser respondidas pelas plataformas
Autor: Mariana Mantovani
Uma soma de mais de R$4,27 bilhões, representando uma alta de 8,4% em relação ao ano de 2023. Esses são os dados das movimentações de vendas da Black Friday no Brasil em 2024. Quando falamos de unidades vendidas, há um total de 20,67 milhões de produtos (em 23 foram 18,88 milhões), de acordo com dados da Neotrust Confi, empresa de soluções de inteligência para o varejo online.
Já consolidada e se tornando uma das datas mais interessantes para o mercado e varejo nacional, a Black Friday já começa a aquecer seus motores. Realizada em novembro, muitas pessoas ainda podem acreditar que a BF está distante. Do ponto de vista do gestor de lojas e marketplaces, esse é o momento exato de começar a planejar.
Nesse contexto de preparação, o questionamento a ser feito agora não é SE sua empresa vai participar, mas sim se ela está REALMENTE preparada para otimizar as vendas nessa época tão relevante. Ao voltarmos nosso olhar para os marketplaces, que possuem um amplo potencial de receita, o desafio é ainda maior, pois estamos falando de um ecossistema vivo, com múltiplos vendedores, estoques descentralizados, operações logísticas complexas e um consumidor cada vez mais exigente (e impaciente).
Para gestores mais experientes, este é justamente o momento de pesquisar e firmar parcerias com plataformas que ofereçam tecnologias robustas e que proporcionem acesso a estratégias de ativação eficientes. Para ajudar nessa pesquisa, algumas perguntas pedem respostas, como: essa plataforma aguenta um pico de acessos? Os algoritmos de buscas e recomendações estão devidamente calibrados com a minha persona? Os recursos de IA e gestão de dados são, de fato, capazes de oferecer a personalização necessária para cada cliente?
Outro ponto crítico e de alto impacto para os marketplaces, principalmente em datas como a BF, é a curadoria na gestão dos vendedores, permitindo cadastros pouco criteriosos, produtos duplicados, descrições genéricas ou entregas mal feitas. Ainda nesse gancho, um bom gestor jamais pode ignorar a relevância da logística em todo esse processo. Fretes competitivos, estoques bem distribuídos e agilidade na expedição são fatores que podem definir o sucesso (ou não) de uma venda.
Finalizo este artigo reforçando a mensagem: este é o momento para se preparar para ter eficiência na Black Friday (e deixar para a última hora poderá ser um erro irreversível).E, claro, é preciso lembrar: Black Friday não é só um pico de vendas. É uma vitrine de performance!
Mariana Mantovani é especialista em marketplace e e-commerce.
