Exemplos de empresas brasileiras que começam a adotar VCW para tomar decisões, inovar e resolver problemas
A VCW Brasil anunciou para os dias 25 e 26 de março, a realização, em São Paulo (SP), de um curso de certificação VCW Sprint, considerado de nível fundamental para aplicação do método. O programa terá 16 horas no formato presencial e imersivo nas quais serão trabalhados conceitos e casos práticos de aplicação da metodologia. “O que possibilitará ao participante entender e articular os principais conceitos, familiaridade com as etapas iniciais da implementação do processo e a aplicação da metodologia VCW (Value Creation Wheel) em seu dia a dia para solucionar desafios simples relacionados à tomada de decisão, resolução de problemas e inovação”, explicou a empresa em nota à imprensa.
Montar uma estrutura proprietária de funding ou adotar o modelo de parceria com um grande banco? Segundo a nota, este tipo de decisão, fundamental para definir os destinos de uma fintech, por exemplo, já está sendo feita no Brasil com a utilização da metodologia VCW após uma delegação formada por executivos de grandes empresas brasileiras e acadêmicos ligados a educação executiva ter participado, em janeiro, de um programa de certificação para uso da ferramenta em Portugal. Desde então, empresas do mercado de finanças, assim como do setor de educação profissional e de outras áreas passaram a incorporar os conceitos e as dinâmicas da VCW em suas culturas organizacionais.
“A VCW é uma metodologia inovadora que capacita pessoas e organizações a resolverem problemas complexos por meio de um processo estruturado e colaborativo, no qual o profissional responsável engaja stakeholders na cocriação de soluções inovadoras e eficazes. Esse processo inclui etapas claras, desde a definição precisa do desafio até a implementação e monitoramento contínuo da solução, garantindo decisões alinhadas, sustentáveis e de impacto”, assegura a nota da empresa.
Ajudando a tomar decisões financeiras
Tiago Voso, cofundador da Bank Factory, empresa desenvolvedora de soluções “banking as a service” para fintechs, indústrias e varejistas, foi um dos participantes do curso de certificação realizado em Portugal que, ao regressar, já incorporou a VCW em sua rotina de trabalho. Ele citou o dilema enfrentado por uma grande empresa do agronegócio que armazena e faz trade de grãos, basicamente soja, milho e farelo de milho, cujo faturamento anual gira em torno de R$ 10 bilhões por ano. Com o objetivo de desenvolver seus próprios produtos e serviços financeiros, a organização estava em dúvida entre a montagem de uma estrutura proprietária de funding ou o fechamento de uma parceria com algum grande banco. A primeira alternativa exigiria maiores investimentos e um prazo mais estendido para a execução. Além disso, acarretaria maiores responsabilidades. Por outro lado, traria um retorno financeiro mais robusto do que a associação a uma grande instituição financeira.
“Diante deste cenário, utilizamos os processos do VCW para avaliar os prós e contras, incorporando alguns quesitos definidos junto com o cliente. Passamos por todo o funil da VCW e fizemos a escolha que pareceu mais adequada para todos os tomadores de decisão. A experiência foi totalmente positiva porque além da agilidade na escolha, o método acrescentou credibilidade para o trabalho pois uma coisa é conversar e explicar verbalmente as nuances do projeto, outra coisa é mostrar até graficamente como se chegou à decisão. Certamente vou incorporar a metodologia como uma ferramenta fundamental no meu trabalho de consultoria”.
Outro exemplo vem do diretor de operações da b. Uni, a fintech que atua como braço financeiro do grupo Ser Educacional, Marcos Paulo da Silva Teixeira. Ele afirma que tem utilizado a metodologia VCW para convidar os times para analisarem em conjunto os problemas apresentados pelas áreas de negócios assim como as demais dores do ecossistema. “Trago as diversas verticais para juntos exercitarmos as variáveis apresentadas passando pelos processos oferecidos pelo método. Isso é um convite diário que eu faço. Qualquer discussão que se estabelece aqui para qualquer tema fazemos esses exercícios para tomada de decisão. Então podemos dizer que já se tornou uma prática incorporada na cultura da organização”.
Fortalecendo a formação de executivos e líderes
Outro participante da delegação que está colocando os conceitos VCW em prática é o coordenador técnico de soluções corporativas do IBMEC, Klaus Pereira Centenaro. Ele afirma que está incluindo um módulo de VCW para a tomada de decisão e soluções de problemas reais em alguns programas de educação executiva que são realizados na área de negócios, em programas de desenvolvimento de líderes e outros programas in company.
“Na Educação Executiva, a aplicação efetiva depende da necessidade do cliente, mas essa é uma construção conjunta que envolve a compreensão dos contextos, problemas e dos objetivos, para a criação de matrizes curriculares e trilhas de conhecimento que contemplem um módulo de VCW. Entendo que a dinâmica oferecida pelo VCW se encaixa muito bem, por exemplo, em um módulo de encerramento de PDL, MBA ou outros programas de formação executiva, porque o método permite que os participantes sejam bastante propositivos no sentido de olhar para os negócios e para as empresas onde trabalham e idealizaram possíveis soluções para dores que elas estão sofrendo no dia a dia. É uma forma de transmitir conhecimento que os clientes demandam. Eles querem ‘mão na massa’, metodologias ativas. Querem prática e não apenas programas teóricos, cansativos e lentos. A VCW é um método que nos ajuda a entregar esse tipo de resultado para os clientes corporativos”, afirmou Klaus.
Fortalecendo a cultura organizacional
Além deles, o CEO do Grupo MLBS, Marcio Santos, outro participante da delegação, disse que já incorporou o VCW no trabalho de coordenação junto às principais lideranças da organização. “Já se tornou comum o uso dos processos VCW quando consigo reunir os principais líderes para buscar soluções e respostas para as necessidades de cada negócio. Faço questão de incentivar todos eles a trazer todas as ideias para submetê-las aos filtros seguindo os conceitos do método na presença de todos para chegar ao final com a certeza de que tomamos a decisão mais adequada para cada situação”.
Por sua vez, o CEO do grupo Skypass e líder em soluções de backoffice para empresas de transporte de passageiros rodoviários, Wagner Dissenha declarou que a ideia é usar a VCW para melhorar a análise de problemas e a criação de estratégias, principalmente em momentos de mudanças ou desafios. “Também quero compartilhar o método com a equipe, para que todos possam colaborar de forma mais organizada e criativa na busca por resultados. A certificação me dá mais credibilidade para facilitar processos de resolução de problemas, seja orientando equipes ou trazendo uma abordagem estruturada para criar soluções sustentáveis”.