Além da substituição de tarefas, as tecnologias podem gerar insights, melhorar a tomada de decisão e potencializar a colaboração humana
Autor: Tiago Amor
Nos últimos anos, a hiperautomacão deixou de ser um conceito futurista para se tornar uma realidade concreta nas organizações que buscam eficiência e inovação. No entanto, não basta automatizar processos repetitivos ou implementar soluções isoladas. O verdadeiro impacto da hiperautomacão acontece quando as empresas conseguem integrar tecnologias, dados e pessoas em uma abordagem estruturada e conectada.
O mercado já mostra sinais claros dessa mudança. Segundo estudos da Gartner, companhias que adotam estratégias estruturadas de automação podem alcançar reduções significativas nos custos operacionais, além de ganhos em agilidade e capacidade de resposta em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico.
Mas o que realmente diferencia a hiperautomacão de outras iniciativas de automação? A resposta está na capacidade de conectar inteligência artificial, machine learning, RPA e análise de dados para criar fluxos de trabalho inteligentes. Isso significa ir além da substituição de tarefas manuais e pensar em como essas tecnologias podem gerar insights, melhorar a tomada de decisão e potencializar a colaboração humana.
O grande diferencial das empresas que têm sucesso nessa jornada é a forma como tratam a hiperautomacão não como um projeto pontual, mas como uma evolução contínua. Implementar essas tecnologias exige uma mudança de cultura, na qual as equipes deixam de ver a automação apenas como uma forma de reduzir custos e passam a enxergá-la como um meio para ampliar a capacidade criativa e estratégica dos profissionais.
Em minha experiência acompanhando a transformação digital em diversos setores, percebo que o maior desafio das empresas não é a tecnologia em si, mas sim a forma como ela é incorporada no dia a dia dos colaboradores. A hiperautomacão só entrega valor real quando as pessoas estão preparadas para interagir com essas soluções e extrair delas o melhor resultado.
Empresas que entendem essa dinâmica já estão colhendo os benefícios, como maior engajamento das equipes, decisões mais rápidas e assertivas e um ambiente organizacional mais inovador. Por outro lado, aquelas que ainda encaram a hiperautomacão como uma simples digitalização de processos correm o risco de ficar para trás.
Estamos entrando em um momento decisivo. 2025 será um ano de consolidação para a hiperautomacão, e as empresas que souberem aproveitar esse movimento não apenas otimizarão suas operações, mas também abrirão caminho para um futuro mais dinâmico, inovador e conectado.
Tiago Amor é CEO da Lecom.