A importância da Educação Emocional

A sociedade contemporânea
tem levado as pessoas a trabalharem, muitas vezes, mais de dez horas por dia
atrás de um sucesso profissional ou de uma estabilidade financeira sem fim.

Muitas vezes essa “corrida” aliada aos problemas sócio
culturais trazem aos indivíduos os mais variados sintomas de estresse emocional
que acabam gerando doenças físicas e psíquicas, levam-nos a investir elevados
valores em medicações e antidepressivos.

Aliás, quadros de depressão e transtornos de ansiedade são
problemas de ordem emocional que têm levado muitas pessoas aos consultórios
psiquiátricos e psicológicos.

O pesquisador do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador da pesquisa São Paulo
Megacity,
 Wang Yuan Pang, que integra um
estudo da Organização Mundial da Saúde realizado concomitantemente em vários
países, verificou que
  a região
metropolitana de São Paulo tem índices de depressão e transtornos de ansiedade
semelhantes ao de áreas de guerra como o Líbano e a Síria.

Wang identificou que 19,9% da população
sofre de algum 
transtorno de ansiedade. Já em
relação à 
depressão, os
dados mostram que ela atinge 2,2 milhões, ou 11% dos 20 milhões de pessoas que
moram na grande São Paulo.

O que muitos não sabem é
que se procurassem o autoconhecimento e melhores formas de identificar suas
emoções, poderiam, através da educação emocional, prevenir grande parte dessas
psicopatologias.

Educação emocional é a
capacidade que o indivíduo tem de administrar suas emoções em prol das relações
sociais que ele estabelece e das adversidades que surgem dessas relações. 
Dessa forma, o indivíduo
trabalha seus sentimentos e aprende a lidar com eles nas mais diversas
situações cotidianas.

Para desenvolver a
educação emocional é necessário conhecer e compreender suas próprias emoções,
sabendo gerá-las e administrá-las de forma positiva.

Daniel Goleman, psicólogo
americano, criou o conceito de Inteligência Emocional onde afirma que o indivíduo
emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar suas emoções,
motivando a si mesmo a persistir em situações de frustração.

Entre as principais
características da inteligência emocional está a capacidade de controlar
impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, motivar as pessoas,
praticar a gratidão, entre outras qualidades que podem ajudar a encorajar as
pessoas ao redor.

Mais importante que ter
um QI (Quociente de Inteligência) elevado é ter um QE (Quociente Emocional) bem
adequado, pois se não soubermos gerir nossas próprias emoções e soubermos
manter boas relações com as pessoas à nossa volta de nada adianta a
inteligência.

Segundo Goleman, para
desenvolvermos nossa educação emocional precisamos investir no Autoconhecimento
Emocional, controle das emoções, automotivação, saber reconhecer as emoções nas
outras pessoas e desenvolver habilidades nas relações interpessoais.

Todas essas etapas não
são fáceis de serem seguidas, mas se todos nós nos esforçássemos para nos
conhecermos melhor, tais características seriam desenvolvidas aos poucos e, com
certeza, as pessoas conseguiriam lidar de maneira mais saudável com as
adversidades que surgem no dia a dia. Problemas sempre existiram e sempre
existirão, porém, o que muda é a forma como enfrentamos cada um deles.

Manter a calma,
desenvolver sua inteligência emocional, ter uma visão positiva em relação à
vida são atitudes que podem não trazer as soluções imediatamente, mas, com
certeza vão instrumentalizar o indivíduo a enfrentar tais situações com mais
leveza.

Marcia Peredelski

[email protected]

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