Começando pelo autor, Spencer Johnson é um escritor cujo sucesso é pautado na simplicidade de suas mensagens. “Quem Mexeu No Meu Queijo?” não foi um golpe de sorte. Ele não é um autor de best-seller único. Johnson é também o co-autor do grande sucesso “Gerente-Minuto” e escreveu outros cinco títulos da série “minuto”. Vendeu mais de 11 milhões de livros em 26 línguas.
A história central desta parábola divertida e esclarecedora se passa em um labirinto. São quatro personagens engraçados procurando o seu “queijo”, uma metáfora que representa tudo que se deseja na vida. Pode ser um carro, uma casa, um trabalho, um relacionamento. Cada pessoa tem o seu próprio queijo. Enfim, o objetivo de vida de cada um.
Os personagens da história são dois ratos e dois humanos do mesmo tamanho que os roedores, que representam as partes simples e complexas de todos nós. Independente da nossa idade, cor ou sexo, sempre podemos agir como os ratos Sniff, que rapidamente percebe as mudanças, ou Scurry, que sai correndo em atividade. Ou podemos ainda agir como os homenzinhos – o Hem, que sempre rejeita as mudanças, ou o Haw, que se adapta quando percebe que a mudança pode trazer algo melhor.
No início, você pode se sentir um pouco incomodado com a simplicidade óbvia da mensagem. A história parece um pouco infantil, coisa de criança. Mas na sequência, talvez você passe a se incomodar consigo mesmo por não enxergar o óbvio. E não fazer o que você no fundo sabe o que é certo quando a mudança é inevitável. Este é, sem dúvida, um livro para todas as idades.
A história se passa em um país muito distante, onde nossos quatro pequenos personagens vivem em um labirinto na sua eterna busca pelo queijo que os alimentava e os deixava felizes. Os ratos Sniff e Scurry possuíam cérebros simples de roedores e instintos aguçados. Buscavam o seu queijo duro de roer como todo rato. Já os homenzinhos Hem e Haw usavam os seus cérebros complexos e cheios de crenças para procurar um tipo diferente de “Queijo”. O deles seria especial, com “Q” maiúsculo, que os tornaria felizes e bem sucedidos.
Todas as manhãs os quatro vestiam suas roupas e tênis e saiam à procura de seus queijos. Neste labirinto, cheio de emaranhados e divisões, algumas continham queijos deliciosos e em grande quantidade. Em determinado momento da história, os ratos e os homenzinhos encontram uma grande quantidade no Posto C de queijo.
Começam aí as diferenças de comportamento. Os ratos mantinham sua rotina de acordar cedo e seguir para o Posto C sempre pelo mesmo caminho. Já os os homenzinhos acordavam um pouco mais tarde, e agora simplesmente caminhavam pois já sabiam que o queijo sempre estaria lá. Ledo engano.
Um dia, inexplicavelmente, todo o queijo havia desaparecido do Posto C. Os ratos, que haviam chegado cedo, encararam o novo desafio e sairam a procura de novos queijos. Já os humanos, que chegaram mais tarde, se assutaram e ficaram paralisados sem saber o que fazer. Eles se julgavam especiais e acreditavam que não mereciam isso. Bastava esperar um pouco. Um dia, tudo voltaria ao normal.
A aventura segue com os ratos e seus cérebros simples sempre se adaptando às diferentes situações. No caso dos homenzinhos, enquanto Hem insistia em aguardar, Haw começava a captar o significado das mudanças. Então, Haw resolveu ir atrás de seu novo queijo. Conforme aprendia novas lições, ele as escrevia nas paredes do labirinto para sempre se lembrar do que estava aprendendo. Até formar o manuscrito da parede.