Acessibilidade – Direito de ir e vir



Estamos no século XXI, era da inclusão no Brasil. Ano passado eu deixei de fechar 2 trabalhos em grandes empresas, pois nas cidade que elas estão localizadas não existe hotel adaptado para pessoas que utilizam cadeira de rodas.
Isso mesmo? Não dá para acreditar!

 
Essa questão da falta de acesso é bem complicada para o tipo de trabalho que faço, sou consultora de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas como consigo acessar as empresas?


Para eu conseguir exercer meu trabalho com autonomia e independência o restante que me cerca precisa ser acessível, preparado, inclusivo. Porém o meu papel é informar, orientar e preparar os locais para receber as pessoas com deficiência que virão, então não preciso de 100% de acesso para ir, preciso de boa vontade e de lugares e pessoas que querem me receber.

 
Lembrando o bom e velho ditado: “quem tem boca vai à Roma”, então, com boca e/ou vontade, humildade e objetivo, chegamos onde queremos estar, nisso eu acredito!

Enfrentar desafios, mais conhecidos como obstáculos, já faz parte do dia a dia de pessoas que, assim como eu, precisam de acesso para substituir a limitação imposta pelas deficiências.


A pessoa cega, precisa de orientação tátil e/ou sonora para maior independência, algumas ajudas tecnológicas como softwares em aparelhos como celulares e computadores também ajudam.


A pessoa surda precisa de acesso à comunicação, LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é a melhor forma de acesso, porém alguns surdos, para enfrentar os desafios (ops! Obstáculos), aprendem a ler lábios e se viram por aí. Acesso visual é importante, o apito do metrô quando a porta vai fechar, tem que acender também, assim o surdo pode ter mais segurança ao utilizar este tipo de transporte.


Como sempre falo para os dois lados, como pessoa com deficiência cobrando os empresários e órgãos governamentais para nos dar o direito de ir e vir eu já cobrei, vou cobrar agora quem tem uma deficiência.
Quando o estabelecimento comercial que você vai não tem acesso, você vai ou não vai?


Eu vou! Assim consigo mostrar minha cara para a sociedade, no caso o dono do estabelecimento, quem sabe ele não fica com vergonha de me ver sendo carregada. Da próxima vez tenho alguma chance de ver a rampa construída.


 

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