Nada vai mudar, afirma Ministro!
Esta foi a chamada de materia publicada ontem em diversos sites. “Apesar das reclamações das empresas, Tarso disse que a nova regra é uma legislação “revolucionária”. “Não tem recuo. As novas regras foram discutidas por um ano e meio e foi dado prazo de adaptação. É uma conquista do cidadão.”, relata a notícia.
Ora, prezada leitora, prezado leitor, é o que já discutíamos antes. O que deveria ser ética, vira regulamentação, vira lei. Daí começa a choradeira, a lei não pega e fica o ministro gastando o seu precioso tempo dizendo que não vai mudar. É uma discussão, no mínimo, insólita. Uma lei que demora mais de ano em discussão, foi aprovada pelo congresso, sancionada e com tempo de adaptação. Cumpra-se e ponto!
As empresas “choram” como se não fosse algo relacionado ao direito do cidadão, coisas simples como cancelar um serviço, ser atendido em um tempo justo, ter o direito de exigir satisfações sobre o procedimento adotado. Estas premissas são éticas e já estavam mencionadas no código de defesa do consumidor. Isto quer dizer que sob o ponto de vista do direito do consumidor tudo o que esta “nova” regulamentação traz como “inovação” ou “revolução” já deveria estar disponibilizado, como premissa, há pelo menos dez anos. Por que nunca esteve?
Ao invés de cobrar do ministro mudanças prematuras em uma lei que recém entrou em vigor, porque não explicam as razões do consumidor ser tão mal atendido, de não conseguir cancelar os serviços com simplicidade, ter o direito de falar com alguém ou por ficar esperando minutos em uma chamada telefonica e ainda por cima pagar por ela?
Entendo que existem custos de implementação, de treinamento e de infra-estrutura. Entendo que investimentos são necessários. No entanto, se a questão fosse realmente a qualidade do serviço, a ética do atendimento e a qualidade do serviço prestado ao cliente – como aliás todo mundo diz ter e fazer – este investimento já teria sido feito e amortizado há muito tempo. Isto não é coisa nova! Lembrem-se disto.
Enfim, cada cabeça uma sentença. Esta é a minha opinião. Qual a sua?
Até a próxima!