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Programas de Fidelidade Vol. III: A Praga dos Spin Offs (parte 1)

still-aeroplan-and-air-canada“Eu posso resistir a tudo, menos à tentação.” Oscar Wilde

Sempre gostei muito dessa frase. A ponto de tê-la tomado emprestada para usar em um anúncio do espumante De Greville, da Martini & Rossi, nos idos de 80. Mas era um gostar intuitivo, uma certa inveja do “wit” do autor, aquela perspicácia maldosa que o define (talvez injustamente).

Hoje em dia, continuo gostando da frase – e até continuo a usá-la eventualmente -, mas como antítese.

Fazendo uma retrospectiva da minha vida profissional, lembrando das diversas ocasiões em que estive discutindo novas ideias, novas abordagens, como líder ou parte de uma equipe, na quase totalidade das decisões que me orgulham ainda hoje, em praticamente todas as ideias que ajudei a cultivar e que resistiram ao teste do tempo, esteve envolvido o conceito de restrição.

Vou tentar esclarecer. Quando falei das equipes que dirigi ou das quais participei, eram todas, sem exceção, compostas de gente muito criativa. Sacar ideias e jogá-las na mesa nunca foi, portanto, um problema.

O desafio sempre foi ter e exercer a capacidade de enxergar o que cada uma tinha de pertinência, consistência, relevância e resiliência. Inclusive porque as pessoas em geral, e as criativas em particular, muito facilmente apaixonam-se pelas ideias que têm. (Outra frase que adoro está no livro “Six Thinking Hats”, de Edward De Bono, criador do conceito de pensamento lateral: “Don’t fall in love with ideas” — costumo usá-la bastante no início dos workshops e brainstormings que conduzo.)

Exemplos aos montes disso vemos nos chamados “anúncios de oportunidade”, quando se juntam uma falsa perspicácia e a síndrome de deus de que falei no artigo anterior, levando marcas a cometerem pequenos suicídios em nome de uma “criativice” equivocada.

Mas há casos mais sérios e que levam a grandes suicídios. Como, por exemplo, a transformação dos programas de fidelidade das empresas em programas de coalizão, administrados separadamente da empresa-mãe.

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