Falar em administração do tempo é o mesmo que dizer a uma massa de funcionários que eles precisam rever as suas atividades e identificar a prioridade de cada uma delas. Muitos Gestores na hora de dar um feedback ao seu supervisor certamente já falaram sobre este assunto, porém é preciso dar exemplos, acompanhar, mostrar, o que muitas vezes para um Gestor, devido a grande quantidade de funcionários que possui, torna-se complicado.
Se administrar o tempo fosse fácil, a massa dos funcionários de um contact center teria hora para entrar e hora para sair. Sinônimo de profissionalismo não é viver dentro da empresa, mas ser profissional e saber administrar o tempo dentro dela. Quando se aprende administrar o tempo, tudo se torna mais agradável, até a vida particular que antes havia perdido espaço para o trabalho, ganha mais tempo e reconquista o espaço perdido.
Quando o tempo é bem administrado, o supervisor consegue reservar mais tempo para acompanhamento individual, dar foco nos operadores que precisam ser trabalhados, desenvolver a equipe, analisar os resultados e fazer atividades em grupo, o que é fundamental para motivação da equipe. Estamos na era do conhecimento, com apenas um clique temos acesso a um universo de informações. Os profissionais precisam de autocapacitar, não podem esperar pelo seu Gestor para aprender a administrar o tempo no trabalho. É preciso dar o primeiro passo, analisar as atividades diárias, planilhar o tempo que leva para executar cada uma delas e distribuir pelo dia de trabalho. Se o tempo para execução for maior que a sua jornada diária, peça ajuda! A pró-atividade é a alma do negócio.
O profissional quando começa a se desenvolver, a entender conceitos de administração, qualidade, processos, o seu aproveitamento no trabalho aumenta consideravelmente. A autocapacitação pode ser uma ponte que liga o profissional ao autodesenvolvimento, e duas das principais características de um profissional que se autodesenvolve é saber administrar o tempo no trabalho, e conseqüentemente ser um funcionário que não ouve do seu Gestor um feedback sobre falta de pró-atividade, mau administração do tempo e relacionamento com a equipe.
Cristiano Sá Freire é analista da Wittel Comunicações ([email protected]).