Ainda há muito o que se fazer



O debate do primeiro painel do IX Encontro com Presidentes, promovido pela ClienteSA, enfatizou os principais pontos apresentados sobre o cenário político de 2011 na palestra de abertura do cientista político Cláudio Gonçalves Couto, professor da FGV de São Paulo. “A minha visão também é a de que o governo Lula trabalhou muito a parte de negociação com moderação. Com ela no governo, acredito que haverá a continuidade dos programas sociais e o pacto entre a ascensão das classes de menor poder aquisitivo com as grandes empresas”, disse o presidente da Aserc e Audac, José Roberto Romeu Roque. Para ele hoje o Estado se alinha às grandes empresas e despreza pequenos e médios empreendedores.

 

Couto enfatiza que o espaço político é pequeno e cria travas para mudanças efetivas de infraestrutura. Com isso, a legislação brasileira constantemente recebe mudanças e acréscimos, adequando-se ao governo vigente. “Isso não é exclusividade do Brasil. Os estados Unidos são muito parecidos conosco, lá os empresários têm grande destaque nas decisões do Congresso”, reitera.

 

O presidente da ABT, Paulo Neto Leite, diz que hoje o cenário econômico brasileiro é favorável às empresas. “Sou um homem de sorte por chegar ao Brasil em anos tão bons. Tenho expectativas de que haverá reformas fiscais e de tabela nos próximos anos, por isso a necessidade das gerações futuras serem capacitadas no mesmo nível. A história já mostrou ser cíclica, então temos que aprender com os exemplos e olharmos para outros países”, comenta.

 

Já o presidente da Witrisk, José Tosi, acredita que é preciso o posicionamento frente ao tipo de commodity produzida. “Não podemos depender dos outros em produtos e serviços. Para vencer desafios maiores teremos que mudar a matriz de nossas exportações”, opina. Sobre o mesmo ponto acrescenta o presidente da ADVB-SP, Miguel Ignátios: “Precisamos de um governo que invista em reformas estruturais. O Bolsa-Família aumentou muito a qualidade de vida de determinados grupos sociais, mas não vejo uma política efetiva de mudança estrutural na educação e na capacitação de pessoas. Precisamos de uma máquina de governo voltada mais para uma gestão moderna”, conclui.

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O debate do primeiro painel do IX Encontro com Presidentes, promovido pela ClienteSA, enfatizou os principais pontos apresentados sobre o cenário político de 2011 na palestra de abertura do cientista político Cláudio Gonçalves Couto, professor da FGV de São Paulo. “A minha visão também é a de que o governo Lula trabalhou muito a parte de negociação com moderação. Com ela no governo, acredito que haverá a continuidade dos programas sociais e o pacto entre a ascensão das classes de menor poder aquisitivo com as grandes empresas”, disse o presidente da Aserc e Audac, José Roberto Romeu Roque. Para ele hoje o Estado se alinha às grandes empresas e despreza pequenos e médios empreendedores.

 

Couto enfatiza que o espaço político é pequeno e cria travas para mudanças efetivas de infraestrutura. Com isso, a legislação brasileira constantemente recebe mudanças e acréscimos, adequando-se ao governo vigente. “Isso não é exclusividade do Brasil. Os estados Unidos são muito parecidos conosco, lá os empresários têm grande destaque nas decisões do Congresso”, reitera.

 

O presidente da ABT, Paulo Neto Leite, diz que hoje o cenário econômico brasileiro é favorável às empresas. “Sou um homem de sorte por chegar ao Brasil em anos tão bons. Tenho expectativas de que haverá reformas fiscais e de tabela nos próximos anos, por isso a necessidade das gerações futuras serem capacitadas no mesmo nível. A história já mostrou ser cíclica, então temos que aprender com os exemplos e olharmos para outros países”, comenta.

 

Já o presidente da Witrisk, José Tosi, acredita que é preciso o posicionamento frente ao tipo de commodity produzida. “Não podemos depender dos outros em produtos e serviços. Para vencer desafios maiores teremos que mudar a matriz de nossas exportações”, opina. Sobre o mesmo ponto acrescenta o presidente da ADVB-SP, Miguel Ignátios: “Precisamos de um governo que invista em reformas estruturais. O Bolsa-Família aumentou muito a qualidade de vida de determinados grupos sociais, mas não vejo uma política efetiva de mudança estrutural na educação e na capacitação de pessoas. Precisamos de uma máquina de governo voltada mais para uma gestão moderna”, conclui.

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