Muitas são as mulheres que acabam tendo que deixar o emprego para cuidar dos filhos. Segundo pesquisa da Catho, 30% das mães já abriram mão do emprego após a gravidez. Porém, nem todas têm essa opção. Muitas também acabam se desdobrando para ser mãe e pai, como no caso de Noeli Prestes da Silva, agente de processos de negócios na Neobpo. Grávida na época que terminou a escola, ela se viu diante da necessidade de trabalhar para sustentar o filho. Ela conta que, nos dias de hoje, ser mãe solteira é bem complicado, pois há a pressão da sociedade. Porém, há 18 anos isso era ainda mais difícil. “Tive o apoio da minha família, ainda assim vivi o julgamento de todos.”
Hoje, ela cria os dois filhos sozinha (financeiramente), apenas conta com a ajuda da mãe para ficar com a mais nova (Lavínia, 8 anos), enquanto trabalha. “Não é fácil, porém é extremamente gratificante. Ser mãe, independente de todas as responsabilidades e preocupações, é o maior presente de Deus.” Já o mais velho, Augusto (18 anos), fica a seu lado. Isso porque ele trabalha junto com Noeli na Neobpo. “Antes, trabalhando em horário comercial ou de madrugada, mas também em call center, eu tinha menos tempo com ele. Agora é diferente, tenho oportunidade de estar mais próxima todos os dias”, conta.
Sobre toda essa situação, Ana Alice Limongi, diretora de desenvolvimento humano e organizacional da Neobpo, reforça que um dos principais desafios para as mulheres é se permitir ser uma excelente profissional e uma mãe presente. “Em alguns momentos, as situações parecem binárias, como se só pudéssemos ser mães presentes ou somente boas profissionais. Podemos, sim, exercer os dois papéis com maestria e somos plenamente capazes disso”, afirma.
SETOR ACOLHEDOR
Noeli começou na atividade sem experiência e conta que teve no setor a oportunidade de aprender, não só a parte técnica e de gestão, sendo supervisora em outras empresas, mas, principalmente sobre empatia. “E é isso que eu levo para a vida, para a criação dos meus filhos: ter jogo de cintura, ser mais maleável em todos os sentidos e me colocar no lugar do outro”, pontua.
Essa inclusão que o mercado de call center promove não é exclusividade dela. Hoje, o setor emprega muitas mães, pois permite que “essas mulheres possam se desenvolver profissionalmente, apoiar na educação dos seus filhos e se tornarem seres humanos únicos”, segundo Ana Alice, destacando a jornada reduzida e os benefícios de auxílio creche e plano de saúde como vantagens para elas. “Esse setor é a vivência real da inclusão sobre todas as óticas.”
Até por conta disso, a Neobpo irá realizar uma ação especial para o Dia das Mães. A empresa irá receber as mães dos colaboradores, que poderão conhecer a Neobpo e o líder do seu filho, entender o ambiente de trabalho em que está inserido e o que lhe é proporcionado como desenvolvimento. “Esse momento é muito esperado por todos nós. É um dia dedicado para compartilharmos lindas histórias de amor de mães e filhos”, pontua.