Não querendo repetir o resultado de 2003, quando o faturamento, com relação a 2002, ficou estagnado, a Cisco entra este ano com os objetivos bem traçados, “consolidação no cenário de soluções de voz, mais especificamente no mercado de PABX e call centers e posicionar como provedora de soluções em segurança de redes”, afirma Ricardo Santos, diretor de marketing para a América do Sul.
Dentro dessas metas a empresa pensa em investir cerca de US$ 3,3 bi em P&D para geração de tecnologias ligadas a voz, transporte de vídeo, segurança de redes, tecnologias wireless e ópticas e outras ligadas no uso intensivo das redes convergentes de comunicação baseadas no protocolo IP. O nicho a ser explorado pela Cisco assim como foi em 2003 continuará sendo as médias empresas. O único problema apontado pelo diretor, para 2004, é a demora na melhoria dos indicadores econômicos, tais como taxas de juros e crescimento efetivo do PIB.
No ano passado, a empresa, apesar de não ter crescido, alcançou alguns bons resultados como o valor de suas ações que dobraram (de US$ 0,25 para US$ 0,50 por ação); a introduzão de 14 novas soluções em segurança integrada, bem como serviços, provendo gerenciamento de segurança, tecnologia VPN e soluções avançadas para proteção; a entrada em novos segmentos com novas tecnologias, como metro ethernet, telefonia, segurança e storage networking; e a Convenção de Usuários Cisco (Networkers), em São Paulo, que reuniu cerca de 6500 participantes. “O que nos atrapalhou um pouco foi a retração da demanda no segmento do governo, pós-eleições”, explica Santos.