Quantas vezes você já ouviu a expressão: “é preciso vestir a camisa da empresa”? Se antes, o termo era o mais apropriado para indicar o melhor talento do grupo, hoje, a visão é um pouco diferente. Instituições querem colaboradores criativos, capazes de usar ‘sua própria vestimenta’ e, justamente por isso, agregar ao time. Contudo, e na visão dos jovens, “como deve ser o funcionário ideal para uma organização”? Essa pergunta foi direcionada pelo Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios a 27.897 pessoas, de 15 a 26 anos, em todo o Brasil. O resultado apontou a necessidade de ter paixão pela profissão.
O estudo revelou cinco perfis diferentes. Para a grande maioria, ou seja, 47,15%, ou 13.154 pesquisados, o mais correto é “quem segue as normas estabelecidas e ainda consegue superar as expectativas do seu gestor”. De acordo com Rafaela Gonçalves, coordenadora de treinamento do Nube, seguir esse padrão garante maior segurança e cria estabilidade nas relações de trabalho. “Quando se está em consonância com a corporação, é muito mais fácil ter o foco destinado apenas à qualidade das tarefas executadas e às solicitações de seu líder”, garante. Assim, a tendência é entregar projetos com máxima excelência. “Isso dá destaque frente aos demais e, de certa forma, pode garantir uma trajetória positiva e duradoura naquele empreendimento”, complementa.
Na sequência, 31,06% (8.666) disseram ser essencial “ter paixão por suas atividades”. Certamente, atuar com algo prazeroso é fundamental para sua realização, mas mesmo assim, haverão responsabilidades com as quais teremos poucas afinidades. “Logo, nessa jornada, o importante é equilíbrio. Assim, a motivação se manterá constante, independentemente dos desafios”, assegura Rafaela.
Para 9,64% (2.690), o segredo é ser “indispensável em qualquer situação”. Contudo, seguindo esse pensamento, muitos podem perder espaço nas equipes por não trocarem aprendizados. “Cada funcionário possui sua importância, mas a garantia de permanência só existe quando, de fato, se entrega resultados relevantes e divide conhecimentos”, enfatiza a especialista.
Já na opinião de 6,19% (1.727), o exemplo é “alguém disposto a criticar e aceitar feedbacks sem reclamações”. É ótimo quando é permitido contribuir com sugestões sobre os processos de um local, porque isso auxilia no crescimento do negócio. Todavia, também somos parte desse sistema de aperfeiçoamento e estamos sujeitos a melhorias contínuas. “Então, a dica é aproveitar as devolutivas e refletir sobre a performance”, incentiva a coordenadora.
Por fim, 5,95% (1.660) afirmaram: “não existe um colaborador ideal, pois nenhum emprego é perfeito”. Para esses, é válido pensar no fato de uma colocação maravilhosa se realizar quando também se está disposto a lutar por ela. “O ambiente corporativo exige uma série de adaptações e isso não é tão simples. Temos de nos encaixar para um sonho se tornar realidade”, indica. Logo, dentro de cada função, é imprescindível aprender e compartilhar o quanto puder. Ao assumir tarefas, é recomendável fazer um bom planejamento para entregá-las no prazo e, quando possível, contribuir com ideias e projetos capazes de agregar valor ao grupo. “Isso sim fará cada um se tornar peça fundamental e os frutos desse esforço serão o reconhecimento e a autorrealização”, finaliza Rafaela.