Autor: Marcelo Cardoso
“Segunda-feira, o despertador toca às 5h da manhã. Rapidamente, minha esposa se levanta. Ela precisa preparar o café da manhã e arrumar as crianças para a escola. Eu preciso me levantar para ir trabalhar. Toda vez que o despertador toca, eu fico pensando: ´Por que preciso levantar agora? É tão cedo´. Mas, em seguida, me lembro do sorriso dos meus filhos e da satisfação da minha esposa, pois posso proporcionar a todos eles uma vida tranquila em uma casa confortável. Esse é o motivo que me faz sair de casa muito cedo, enfrentar o trânsito, ser um bom funcionário e ainda me dedicar aos estudos. Já minha esposa, levanta todos os dias com o mesmo pique, simplesmente porque nossos filhos precisam, e eles crescem cada vez mais saudáveis. Enfrentamos qualquer dificuldade para fazermos nossa família feliz.”
Usei este relato fictício com o intuito de diminuir a complexidade em torno do conceito de motivação e levar ao nível mais básico. O texto acima aborda os principais fatores que compõe a motivação: motivo e ação. “O motivo” são os propósitos que nos levam a fazer algo por nós. Isso quer dizer que todas as pessoas têm dentro de si motivos para fazer algo e, colocam isso em ação para chegar a um fim. Ou seja, todos nós perseguimos nossos objetivos. E não estou aqui falando de grandes objetivos, falo dos mais simples também.
Quando vamos ao campo psicológico, as coisas ficam mais complexas. Segundo a teoria de Maslow, “a motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais, e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o cumprimento de objetivos”. Se voltarmos a simplificar, os fenômenos emocionais se encaixam perfeitamente nas coisas que nos dão prazer. Os biológicos, o que é necessário para a nossa sobrevivência. E os sociais, os que nos fazem viver dentro da sociedade e suas obrigações.
Então, se a motivação vem de dentro e todos a possuem, por que há pessoas desmotivadas? Sabemos que existem problemas de ordem psicológica, como a depressão, o que não vamos discutir aqui. Analisando outras situações, podemos chegar à conclusão que a falta de objetivos e planejamento são as principais causas.
Ninguém chega a lugar algum sem objetivos. E eles devem ser constantes, ou seja, concluiu um, cria-se outro. Temos que ter grandes objetivos, médios e pequenos. Devemos criar e planejar os passos para cada um deles. E o mais importante, ir atrás até conseguir. Às vezes, não temos tudo o que queremos, mas, o fato de persistir, nos faz motivados e esse é o grande ponto de tudo o que foi dito até agora.
Pessoas desmotivadas não produzem. Diferente do pessoal, no campo profissional a motivação não é somente intrínseca, há fatores externos que influenciam diretamente na produtividade. Neste caso, o líder, precisa estar atento e identificar quais problemas geram um ambiente desmotivado dentro da empresa.
Para isso o essencial é criar um clima onde as pessoas sintam-se motivadas. Bom salário e benefícios não são suficientes. O bom líder é aquele que encoraja seus funcionários a serem mais criativos, dá autonomia em suas ações, traça objetivos, mas com flexibilidade para alcançá-los, foca nas possibilidades, não nos problemas.
O verdadeiro líder faz com que seus colaboradores sintam-se especiais e capazes de atingir seus objetivos profissionais e pessoais. Propiciar um ambiente de trabalho confortável e ao mesmo tempo desafiador faz com o que o colaborador se sinta reconhecido. E não há nada mais motivador para uma profissional que o reconhecimento. Faça isso!
Marcelo Cardoso é especialista em coaching e Programação Neuro Linguística, além de fundador da Arco 7.