Autor: Alexandre Glikas
Uma das soluções tecnológicas mais buscadas pelas empresas atualmente, a computação em nuvem fornece inúmeras vantagens, como custo-benefício, por exemplo. Além disso, por meio da tecnologia, todos os colaboradores da companhia conseguem acessar arquivos e sistemas, independente do lugar que estejam, desde que possuam acesso autorizado a estes recursos.
Segundo dados da Locaweb, a procura pela computação em nuvem cresceu 20% no ano passado, em relação ao mesmo período anterior, e a expectativa é que o número duplique até o final deste ano. Além disso, o relatório divulgado em 2017 pelo IDC mostra que, em 2018, haverá um crescimento de 40% nos investimentos nesse tipo de solução na América Latina, e esse índice tende a aumentar ainda mais em 2020, sendo o mercado brasileiro um dos maiores colaboradores para o resultado.
Todas as organizações podem e devem investir na solução, independente de seu porte ou setor de atuação. Mas, para isso, necessitam de uma boa gestão interna, principalmente em relação à segurança digital. Por isso, é de extrema importância utilizar redes de dados seguras, ou seja, capazes de criptografar o tráfego entre o computador do usuário final até o serviço que está na nuvem.
Ao contrário do que muitos pensam, não existe ligação entre os dados estarem disponíveis na nuvem e por isso serem alvos fáceis de roubos. Os ataques, na maior parte dos casos, ocorrem por negligência ou falta de conhecimento do usuário final ao utilizar a tecnologia. O recomendável é que a empresa tenha uma política de segurança da informação muito bem definida e divulgada entre seus colaboradores, assim como ações, treinamentos e e-mails, alertando sobre a sua importância.
Atualmente, os ataques que visam roubo de informações ocorrem por falhas de segurança em alguns sistemas, como problemas na qualidade do código de programação, falhas na criptografia e até falta de atualizações das ferramentas de proteção. A crescente nos últimos meses se deve à prática do Ransomware, um tipo de malware que sequestra o controle do computador da vítima e cobra um valor em dinheiro pelo resgaste, geralmente usando a moeda virtual bitcoins, que torna quase impossível rastrear o criminoso. Este tipo de “vírus sequestrador” age codificando os dados do sistema operacional, de forma com que o usuário não tenha mais acesso.
Nesse contexto, três pilares são fundamentais para uma boa diretriz de segurança digital: confidencialidade, que é a privacidade da informação, em trânsito ou armazenada, impedindo o acesso não autorizado; integridade, capacidade do dado ou informação não ser alterado e, caso isso ocorra, deve ser facilmente identificado; e disponibilidade, ou seja, garantir que as informações estejam disponíveis para os usuários que tiverem acesso habilitado.
Alexandre Glikas é diretor-geral da Locaweb Corp.