Comportamentos que autossabotam

Autor: Renato Maggieri
Há alguns anos trabalhando com comportamentos que geram resultados, vejo muitos empreendedores e profissionais que, a partir do reconhecimento e substituição de comportamentos inadequados, têm obtido resultados positivos, além de se tornarem mais felizes a partir de tais mudanças, das quais posso citar:
1 – Aversão às metas
Sob o ponto de vista dos comportamentos empreendedores há um dado alarmante: 95% das empresas no Brasil não estabelecem metas para suas equipes e dos 5% que o fazem, 3% é de forma errada, sendo assim, somente 2% das empresas definem metas e as monitoram corretamente.
Diante desta realidade não é difícil concluir que “metas” são extremamente mal vistas pelos profissionais, pois a esmagadora maioria não sabe o que é ou viveu uma experiência frustrada com o assunto.
A ignorância sobre tema faz com que haja rejeição ou até mesmo uma aversão, que autossabota os que trabalham sem ter que trabalha sem ter metas, pois para todo aquele que não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar que chega está bom, o que gera um conformismo com a mediocridade.
2 – Falta de planejamento
Nascemos latinos, brasileiros, somos espertos, descolados e damos um jeitinho em tudo. Tudo isso é muito bom e tem as suas vantagens. O problema é que não dá pra confiar no pensamento de que sempre tudo vai dar certo. Os povos nórdicos e orientais usam mais da metade do tempo disponível para um projeto planejando e o restante do tempo, executando e monitorando os resultados. Nós gastamos pouco tempo planejando e por isso, usamos a maior parte dele executando o projeto e refazendo o que saiu de errado. Essa autoconfiança excessiva é autossabotagem, pois nos faz crer que no final tudo dará certo no final.
3 – Necessidade excessiva de reconhecimento
Há pessoas, que por experiências muito dolorosas em seu passado – especificamente na primeira infância -, apresentam carências que se manifestam como necessidade excessiva de reconhecimento. Obviamente é muito bom receber palavras de encorajamento por um trabalho bem feito e não há nada errado com isso, mas os problemas se dão, quando essa necessidade é excessiva ou quando o superior hierárquico não é muito dado a reconhecer.
Esta carência – que precisa ser trabalhada resolvida – muitas vezes prejudica o profissional quando o reconhecimento não vem, gerando frustração e sentimento de rejeição, que por sua vez, faz com que o profissional fique desmotivado e improdutivo e até mesmo amargo, tornando difícil a convivência.
Identificar, reconhecer e mudar comportamentos perniciosos é fundamental para todo aquele que quer ser bem sucedido em qualquer área da vida.
Renato Maggieri é consultor de negócios e palestrante.

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