Cooperação mútua

Ao romper com os paradigmas da organização convencional, em forma de pirâmide, a gestão horizontal traz algumas vantagens para as empresas. Ela pode, por exemplo, acelerar o processo de tomada de decisão da gerência, já que muitas vezes ter mais níveis hierárquicos significa que obter a aprovação de mais pessoas. Além disso, os colaboradores podem atingir maior satisfação devido a liberdade e autonomia. Há ainda a redução de custos, pois as organizações horizontais contam com menos cargos de gerência. “A tendência é de que aumentem os níveis de cooperação em toda a organização. A ausência de múltiplas camadas estruturais fornece processos simplificados de comunicação e de informação, tornando a organização mais ágil e adaptável à mudança”, detalha Américo Predebon, diretor comercial da Qualitin. Em entrevista ao portal Callcenter.inf.br, o executivo explica melhor o conceito de gestão horizontal, aponta sua importância e destaca os cuidados que se deve ter para ter como retorno as vantagens colocadas acima.
Callcenter.inf.br – O que é a gestão horizontal?
Predebon: É uma gestão entre pares, em que cada um se torna responsável por um departamento da empresa e demonstra seu desempenho aos demais por meio de indicadores que mostram – de fato – como sua área está. Essa visão é moderna e permite que os funcionários desenvolvam projetos em colaboração com demais, com autonomia para definir horários e metas. Na gestão horizontal os níveis hierárquicos existentes na empresa são reduzidos. A organização horizontal rompe com paradigmas da organização convencional, em forma de pirâmide.
Qual a importância disso?
A gestão horizontal rompe com o modelo clássico de hierarquia, democratiza decisões e garante a interação entre funcionários de organizações, leva a relações de trabalho produtivas e boa comunicação em geral. As organizações com estrutura horizontal contam com uma operacionalidade mais flexível, produtiva e ágil o suficiente para atender às rápidas mudanças que se desenvolvem continuamente nos mercados. Mas, para que dê resultado é preciso que as metas, definidas em conjunto, sejam monitoradas por meio de indicadores claros, dessa forma cada um poderá medir seu desempenho e buscar o melhor.
Quais cuidados que se deve ter?
 O fundamental é que se adote os indicadores mais representativos, os que, de fato, servirão para avaliar o desempenho de cada área. Quem não mede não gerencia. É importante lembrar que esse é um recurso básico para avaliação de performance, pois, a partir da medição é possível avaliar o planejamento, corrigir rotas e redefinir parâmetros. É parte, pois, do processo de gestão e imprescindível ferramenta administrativa. É a velha visão: o que não se mede não pode ser melhorado. Na organização vertical, as pessoas são avaliadas pelo seu desempenho funcional individual, enquanto que, na organização horizontal, o que conta é o resultado final do processo.
Ela é indicada para empresas de qualquer porte e segmento?
Depende. Pode ser um modelo ideal para pequenas empresas. As grandes precisam valer-se de certa hierarquia, mas o princípio de gestão horizontal, em que se estimula a participação de todos é essencial para engajar os funcionários a entregarem melhores resultados.
Essa prática já está bem difundida?
Empresas que dependem da criatividade de seus funcionários para entregarem um melhor produto adotam a gestão horizontal, tais como agências de publicidade, empresas de TI, etc. Mas aquelas mais antigas, de estrutura familiar com produtos tradicionais, mostram-se mais reticentes em adotar esse tipo de gestão. Pode-se dizer que, na prática a gestão horizontal, apesar de conhecida, não é tão difundida dentre as empresas.

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