As notícias dificilmente poderiam ser melhores para as empresas de contact center. Depois de crescer mais de 30% no ano passado – aumentando de R$ 1,96 bilhão para R$ 2,51 bilhões – o faturamento do setor no Brasil deve dar um novo salto de 20% este ano, para R$ 3,01 bilhões. O vigor é atestado por outro indicador, o número total de posições de atendimento (PAs), que já aumentara 6,2% em 2003 – crescendo de 183 mil para 194,3 mil -, terá uma evolução ainda mais acentuada em 2004. A previsão é de que o número vá crescer 12,4%, para 218,4 mil PAs.Os números fazem parte de um estudo, que será apresentado a representantes dos ministérios do Planejamento e da Ciência e Tecnologia, em Brasília, pela E-Consulting.
A pesquisa mostra que o setor já emprega cerca de 500 mil pessoas – eram 465 mil em 2002, podendo abrir mais 56,9 mil postos de trabalho até o fim do ano. O crescimento acelerado é resultado de dois fatores, explica Daniel Domeneghetti, diretor de estratégia da E-Consulting, “o mercado está obrigando as empresas a se reestruturarem para melhorar o relacionamento com o cliente”, diz o executivo. Ao buscar essa melhoria, elas acabam experimentando um novo canal de vendas. “As companhias perceberam que podem ter o SAC e a venda à distância sob o mesmo investimento.”
A maioria das PAs ainda está dentro de contact centers internos das empresas – são 126,3 mil contra 68 mil das companhias especializadas em atendimento. A tendência, no entanto, é de que a terceirização aumente. Os pontos terceirizados devem crescer 15% neste ano, para 78,2 mil, enquanto os internos aumentarão 11%. Ao todo, o índice de terceirização passará de 32% para 36% entre 2002 e 2004.