Mais do que dar um emprego, oferecer uma oportunidade para as pessoas com deficiência se desenvolverem socialmente. Esse tem sido o trabalho da Flex Contact Center, desde o início das suas atividades, em 2009, com seus programas de inclusão. A empresa, segundo a diretora de recursos humanos da Flex Contact Center, Angela Casali, sempre buscou fazer seu trabalho com responsabilidade, acreditando no potencial das pessoas independente se possuem algum tipo de deficiência, da sua religião, classe social, raça ou preferência sexual. “Somos uma empresa que possui no DNA a diversidade das pessoas”, destaca.
Ela explica que esses projetos trazem benefícios para todos os envolvidos. Para a empresa possibilita fechar as vagas com profissionais que estão no mercado em busca de uma colocação, além de dar oportunidade e independência financeira, desenvolvimento e inclusão social. “Permite também a integração com os demais profissionais, possibilitando aprendizagem e sensibilização pelo grupo que recebe o PCD para que possa conviver e aprender com as diferenças e superações”, acrescenta. Um exemplo dessa inclusão possibilitada pela Flex é a do profissional Pedro Valdeci Delfes, cadeirante, admitido em junho de 2014 como teleatendente e que, recentemente, foi promovido para assistente do SESMT. Outro é o de Kátia Regina de Souza Lopes, cadeirante, admitida em julho de 2013 como assistente de RT.
Além de contratar profissionais com deficiência, a Flex também investe em projetos sociais, como o Sexto Sentido, que incentiva e desenvolve cegos para a modalidade esportiva da corrida, organizando eventos e estimulando a atividade física e a mobilização de voluntários que auxiliam os cegos nos treinos e competições. A empresa também lançou, em 2014, um Concurso Cultural, específico para deficientes, oferecendo uma bolsa de estudo para graduação, aberto tanto para os nossos profissionais quanto para o mercado, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento e a capacitação. “E estamos ainda com um projeto para adaptar o nosso sistema, juntamente com o nosso fornecedor e com a Associação de Cegos de Florianópolis, para que possamos fazer a inclusão dos cegos no call center”, adianta Angela.
CADÊ OS PCS´S?
No entanto, um dos grandes desafios é a captação de pessoas com deficiência para a inserção ao mercado de trabalho. A diretora explica que há um mercado aquecido já que a maioria das empresas está a procura de pessoas com deficiência em função do cumprimento da cota. Há ainda muitos PCD´s que recebem o benefício previdenciário, não possuindo interesse em entrar no mercado de trabalho. Outros são super protegidos pelas famílias e acabam não se desenvolvendo em relação aos seus estudos e não desenvolvendo condições de empregabilidade. “As empresas se preparam em relação a estrutura e capacitação das pessoas para receber os profissionais com deficiência, mas acabam tendo menos deficientes do que gostaria para contratação”, pontua.