Autor: Eduardo Shinyashiki
Dentro de uma organização, o que é mais importante: liderar ou educar? Provavelmente, você já se deparou com essas duas ações isoladamente. Entretanto, a união delas pode trazer resultados e transformações incríveis para empresas dos mais variados segmentos.
Já muito se sabe sobre o papel do líder, aquele indivíduo que precisa mobilizar pessoas na busca de resultados constantes e cada vez maiores. Abraham Lincoln deu uma definição muito sábia para esse papel: “A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns”.
Atualmente, as organizações buscam mais do que alguém que saiba exercer a “Liderança Situacional”, importante modelo de Hersey e Ken Blanchard, no qual o líder se adapta ao perfil de cada profissional. Hoje, o estilo mais procurado pelas empresas é a liderança educadora, um “plus” da liderança situacional que tem por essência acreditar no potencial da equipe e preparar um ambiente corporativo que estimule a aprendizagem, o desenvolvimento e a adaptação às mudanças.
O líder educador não só ensina, mas também aprende com os liderados. Ele não apenas delega, mas também realiza juntamente à equipe em busca dos melhores resultados. Isto é, ele não se coloca em uma posição de superioridade que o limita de participar da execução de tarefas, mas conquista o respeito da equipe com as lições diárias de ética, companheirismo, paciência e educação.
A liderança educadora verifica constantemente se as pessoas estão motivadas para o desenvolvimento e entrega de resultados no trabalho. Ela consiste em dar apoio e desenvolver as pessoas em suas atividades, fornecendo suporte e orientação, além de motivar para novos desafios, objetivos e situações como o aprendizado de novas competências e tarefas e auxílio nos problemas de relacionamento no trabalho ou queda de desempenho.
Os líderes educadores têm forte empatia pelas pessoas e se interessam pelo trabalho de sua equipe. Investir na capacidade dos liderados significa investir nas organizações, e é por isso que devemos sempre construir novos paradigmas de liderança. Desta forma, o gestor educador passa a ser uma referência, um modelo.
Existem algumas atividades que estão relacionadas ao dia a dia do líder educador como integração, desenvolvimento da comunicação, gestão do tempo e o desenvolvimento do potencial profissional de sua equipe. Já no contexto pessoal, essa liderança tem algumas características peculiares como postura reflexiva, capacidade de observação, inovação e facilidade em aprender com os outros e com suas próprias experiências.
O líder que possui a essência educativa gerencia sua equipe por meio do diálogo. Ele define sua gestão como um espaço de aprendizagem para o desenvolvimento de novas competências e estimula o compromisso com a equipe e demais pessoas, criando um melhor ambiente de trabalho e possibilitando mais qualidade e inovação.
Esse tipo de liderança utiliza o diálogo, descobre e estimula novos talentos, desenvolve a atenção e o foco, estimula a autoconfiança, tem flexibilidade, cria um ambiente de trabalho em que a alegria, o reconhecimento e o bem-estar estão sempre presentes. Com isso, um gestor consegue manter uma equipe motivada e em constante desenvolvimento.
Independentemente do contexto em que o líder educador esteja inserido, ele é a pessoa chave para a integração e o desenvolvimento dos recursos humanos. Experimente ser um líder educador em 2017 e desenvolva novas habilidades para a construção de uma liderança eficaz e transformadora.
Eduardo Shinyashiki é mestre em neuropsicologia e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional, educacional e pessoal.