Empatia empresarial

Autor: Robson Costa
Sensação de exaustão completa no trabalho, angústia para levantar da cama e ir trabalhar, crises de ansiedade, inferioridade em relação aos colegas, isolamento e a impressão de que nada do que se faz é satisfatório, tudo isso no ambiente de trabalho, tem um nome: Síndrome de Burnout. Ela é um tipo de esgotamento físico e mental elevado ao estresse crônico, uma forma de depressão no trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde, este tipo de problema está associado a uma queda de produtividade que resulta na perda de US$ 1 trilhão por ano no mundo.
Aqui no Brasil, uma pesquisa de 2016 da Escola de Economia de Londres, apontou que o país perdeu US$ 63 bilhões anualmente somente com a depressão do trabalho. Sabe o que isto significa? Significa que empresários e empreendedores estão perdendo dinheiro quando não sabem valorizar e investir na sua equipe de colaboradores. Infelizmente a humanidade ainda vê no emprego uma “necessidade” e não um “prazer”, e esta mentalidade contribui para um estado de ambiente caótico, intolerável e submisso. Apesar de todos acharem que estão ganhando dinheiro, é possível provar que estão errados, conforme os dados apontados acima.
O diferencial de uma empresa que está sempre pronta para qualquer crise, é saber que tem na sua equipe a principal fonte de energia da sua estrutura organizacional. Toda a transformação começa de dentro para fora e com a sua empresa não é diferente. O operador de telemarketing, por exemplo, sofre diariamente com o mau humor das pessoas que estão impacientes do outro lado da linha e muitas vezes escutam coisas deprimentes. Se dentro da organização não há uma política motivacional, com o passar do tempo este funcionário se sentirá cada vez mais deprimido. Um ambiente bem organizado emocionalmente tem a capacidade de mudar a vida das pessoas ao seu redor. Ao invés disso, muitos acabam demitindo um funcionário por considerá-lo “doente” e contratam outro, que vai futuramente pelo mesmo caminho.
Trabalhar com as emoções é, portanto, algo essencial a ser considerado dentro da equipe. É preciso que o empresário saia do seu casulo, ou melhor, de trás da mesa do escritório, e se enxergue na mesma posição dos demais, mostrando que assim como eles, também faz parte do time de frente de batalha. Investir nos seus colaboradores é investir em si mesmo e proporcionar as melhores experiências para eles, para você e, consequentemente, para seus clientes. Afinal, eles são os seus maiores propagandistas e fazem a sua imagem lá fora. Cuidemos daqueles que nos integram para enfrentar qualquer crise de cabeça erguida.
Robson Costa é CEO da Encanto

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