Uma maneira de mensurar isso e alinhar as expectativas dos empregados, do RH e da liderança das empresas é por meio de pesquisas. Porém, devido às mudanças tecnológicas dos últimos anos e a velocidade com que as informações são transmitidas, as tradicionais e grandes pesquisas de clima começaram a perder sentido. É o que aponta estudo realizado pela Willis Towers Watson. “63% das empresas entrevistadas já perceberam a necessidade de conduzir pesquisas menores e mais frequentes (Pulse Survey), porém, hoje, apenas 25% já realizam esse tipo de estudo com seus funcionários”, comenta Erika Graciotto, líder da área de employee insights da Willis Towers Watson no Brasil.
O estudo apontou ainda que as pesquisas de clima e engajamento continuarão existindo nas organizações, mas em formatos diferentes: 72% dos entrevistados afirmam que acreditam que no futuro próximo as pesquisas serão menores e abordarão a percepção diária do empregado e outros 27% acreditam que os games podem ser a forma mais indicada de abordar os funcionários.
“De uma forma geral, percebemos que as empresas sentem a necessidade da mudança, porém, precisamos ainda de uma mudança de mentalidade da liderança e dos RHs. Eles têm que deixar de ver essas pesquisas como uma forma de comparar o resultado de um ano com o outro, focando no que evoluiu ou decaiu, mas passando a olhar para a busca de informações mais relevantes para o negócio. 69% dos entrevistados afirmaram que as pesquisas com empregados são estratégicas para a liderança”, aponta Érika.
Realizada com 261 empresas brasileiras, em agosto de 2017, a pesquisa “Melhores Práticas de Clima e Engajamento” constatou que 73% das empresas realizam pesquisas com empregados, sendo que 52% aplicam as análises anualmente com seus funcionários e 37% a cada dois anos.
Entre os principais fatores que levam as empresas a aplicarem pesquisas de engajamento está o alinhamento da cultura organizacional (54%), a identificação de pontos fortes e fracos na experiência do empregado (46%), tomar melhores decisões sobre programas e políticas de gestão de pessoas (45%) e medir a efetividade da liderança (41%). Entretanto, alguns temas como produtividade e diversidade ainda ficam em segundo plano.
“Ainda vemos que as empresas utilizam as pesquisas de engajamento com olhar de retrovisor, para ver o que mudou e não para planejar o futuro. Entretanto, com os ciclos de transformação culturais cada vez mais rápidos, surge a necessidade de manter uma escuta ativa e frequente com líderes e colaboradores. Por isso, acreditamos que nos próximos anos as pesquisas estarão mais alinhadas com as necessidades do negócio, sem preocupação de avaliar a evolução ponto a ponto”, finaliza a executiva.