Praticar exercícios não é apenas bom para o corpo, mas também para a carreira. Quem afirma é Frederico Porto, médico psiquiatra e consultor da DBM, consultoria especializada em gestão do capital humano. Segundo Porto, um executivo que pratica exercícios e foca na saúde tem uma vantagem competitiva em relação aos demais, que pode ser traduzida em menos ansiedade e estresse, além de tomada de decisões mais rápida.
“A prática de exercícios melhora o fluxo de sangue para o cérebro e, com isso, ajuda na capacidade de lidar com problemas e a tomar decisões de maneira mais clara”, explica Porto. “É uma vantagem competitiva para quem, durante o dia de trabalho, sofre com interrupções, por conta de telefonemas, tarefas urgente ou reuniões de última hora. Isso diminui em 25% da produtividade do executivo”, diz Porto.
Quem pratica exercício compensa o prejuízo gerado pelas interrupções das atividades com o ganho que tem pelo melhor fluxo do sangue. Por isso, vale adicionar exercícios à agenda diária, inclusive durante o trabalho. “Caminhar por alguns minutos no escritório, por exemplo, ajuda a minimizar o efeito de uma longa reunião, que tende a colaborar para a perda de foco dos indivíduos. O ideal, aliás, é se possível abrir mão de reuniões longas e determinar breves intervalos de tempo para elas, de maneira que o rendimento dos presentes não caia”, informa o médico.
Os exercícios funcionam ainda como um meio de preservação de energias. “Há casos em que os executivos dedicam 90% do seu tempo ao trabalho e o pouco que lhe resta é usado para o descanso. Isso é um erro que permite que o sistema nervoso do executivo torne-se o primeiro componente a ser atacado pelo estresse”, explica Porto. “No mundo corporativo, os desafios vêm em larga escala. A sobrecarga derivada disso deve ser eliminada por meio de atividades físicas regulares”, completa o médico – caso contrário sintomas como colesterol alto, peso excessivo, hipertensão e estresse tendem a surgir.
