Autora: Edna Rodrigues
A globalização é caracterizada por um mundo em transformação, composto por mudanças rápidas e de várias naturezas, com novidades cotidianas, o que exige uma readequação e adaptação contínua do ser humano, principalmente dentro do mundo organizacional, exigindo cada vez mais das pessoas para dar conta da competitividade.
Sabemos que o tempo é limitado, independente do que aconteça no mundo globalizado e da rapidez das mudanças, o dia continuará composto por 24 horas. Daí a importância de revisitar a forma como vivenciamos e administramos as mudanças e diversidade de atividades em nosso dia a dia, o que requer uma melhor gestão do tempo. Se tudo muda, precisamos mudar a forma como nos posicionamos. Precisamos fazer diferente, já que a cada dia temos algo diferente para enfrentar.
Um dos maiores sugadores de nosso tempo é a falta de um planejamento adequado ao cenário no qual estamos inseridos e, consequentemente, a falta de delegação. Saber planejar e delegar é uma das competências essenciais para o profissional do século XXI. Diante de tanta informação, inovação e novidades, precisamos desenvolver a capacidade analítica, expandir o nosso campo de percepção dos fatos e seus impactos em nossa vida e nos inúmeros acontecimentos do dia a dia.
Já que tudo muda numa velocidade cada vez mais desconhecida, um dos caminhos para diminuir esse impacto é planejar o que precisamos fazer, definir como será feito, quando deverá acontecer e por quanto tempo precisa acontecer. Ou seja, qual a prioridade que deve acontecer, o que torna imprescindível sabermos diferenciar o que é Importante do que é urgente.
Podemos associar o importante a coisas que precisamos fazer e que têm prazo determinado. Ao saber o prazo que precisa ser atendido, possibilita planejar a atividade para atingir o resultado esperado. Quando falamos que é urgente, significa que ultrapassou o importante, o prazo está restrito ou já espirou. Nesse caso, a atividade/ação realmente precisa ser concluída, associa-se diretamente a um estresse para cumprir algo imediatamente.
Como podemos evitar o estresse do urgente e atender ao que é importante, já que sabemos que o tempo é algo limitado e difícil de controlar e que diariamente percebemos que temos pouco tempo? Algumas sugestões e/ou ações são conhecidas, mas em função da dificuldade de gerenciar o tempo e tudo o que envolve esse tipo de gestão, temos dificuldade para praticá-las, por isto arrisco aqui a retomar sugestões que, se colocarmos em prática, com certeza teremos uma gestão do tempo mais adequada ao contexto no qual estamos inseridos.
Autoconhecimento: É importante conhecer como damos sentido às nossas realizações, quais são nossas habilidades e dificuldades. O o processo de autoconhecimento é um caminho positivo para o Planejamento do Tempo. Se a atividade faz sentido para você, com certeza irá desempenhá-la melhor e mais rápido. Desta forma, poderá dedicar mais tempo para aquelas que precisam ser feitas, mas que não são as que temos maior habilidade para fazer.
Conhecimento do contexto externo: é importante conhecer o dinamismo e em que velocidade as coisas acontecem no contexto no qual estamos inseridos para adequar o prazo às atividades, bem como organizar a nossa agenda e deixar alguns espaços livres para imprevistos cotidianos;
Conhecer e aprender com o que não deu certo: Mapear os possíveis erros do acontecimento, por meio de questionamentos: o que ocasionou a falta de tempo? Quais caminhos poder ser utilizados? Quem são as pessoas que podiam ter apoiado e não foram envolvidas? Como fazer diferente da próxima vez?
Uma gestão do tempo adequada requer mudança de hábitos e atitudes, ou seja, fazer de forma diferente. Por isso a importância de uma revisão contínua em tudo o que se tem realizado. É imprescindível redefinir os objetivos e a forma de planejá-los, reavaliar as tarefas e o tempo dedicado a elas, bem como reformular os planejamentos adotados – hábitos que devem ser cotidianos.