Como alavancar a habilidade de inspirar seus times a dar o melhor de si? Essa é uma dúvida corriqueira para muitos executivos. Para Pablo Aversa, sócio-fundador da Alliance Coaching, descobrir o que motiva as pessoas ao seu redor é o ponto de partida para que as conquistas, dos funcionários e do gestor, sejam significativamente maiores. “Cada pessoa é diferente na maneira como fica e se mantém motivada. Ser competente nessa questão inclui conscientizar-se de que o gerente é responsável pela motivação, que todos são diferentes e que motivar exige múltiplas abordagens”, comenta.
Alguns gerentes, contudo, acreditam que os demais deveriam estar automaticamente motivados, pois consideram que a motivação já vem com o indivíduo. Outros ainda acreditam que todos deveriam estar tão motivados com o trabalho e com a empresa quanto eles mesmos estão. Abaixo, Pablo Aversa traz dez dicas sobre como motivar os demais:
1. Elimine sua confusão sobre o processo de motivar os demais. Siga as regras básicas para inspirar as pessoas, conforme definido na literatura clássica. Comunique aos demais que o que fazem é importante. Agradeça. Ofereça e peça ajuda. Dê autonomia para as pessoas fazerem seu trabalho. Ofereça um leque variado de tarefas. Surpreenda os demais com trabalhos enriquecedores e desafiadores. Demonstre ter interesse na carreira delas. Adote uma atitude de aprender com os erros. Comemore os sucessos. Geralmente, as pessoas se comportam de forma correta, mas isso não traz consequência alguma. Não permita que o fato de estar sempre muito ocupado faça com que se esqueça de reconhecer, comemorar, criticar ou mesmo enfatizar o que quer das pessoas ao seu redor. Em suma: leia mais sobre o tema. Sempre.
2. Não aposte nos motivadores errados. De acordo com a pesquisa realizada por Rewick e Lawler, os principais motivadores no trabalho são: 1º) desafio no trabalho; 2º) concretizar algo que vale a pena; 3º) aprender coisas novas; 4º) desenvolvimento pessoal; e 5º) autonomia. Fatores como remuneração (12º), cordialidade (14º), elogio (15º) ou ainda oportunidade de promoção (17º) não são insignificantes, mas superficiais quando comparados com os motivadores mais poderosos. Ofereça desafio, se aprofunde no porquê. Isso vale a pena, crie uma visão em comum, apresente oportunidades de aprender e crescer e dê autonomia para poder atender à maioria dos pontos críticos. Em suma: jogue para ganhar. Sempre.
3. Estabeleça metas eficazes. A maioria das pessoas se anima com metas razoáveis. Afinal, gostam de medir a si mesmas em comparação a um padrão de desempenho. Gostam de ver quem corre mais rápido, quem marca mais pontos e quem trabalha melhor. Gostam de metas realistas, porém flexíveis. Dão o melhor de si quando têm entre a metade e dois terços das chances de alcançar êxito e um tanto de controle sobre como chegar lá. Geralmente, ficam mais motivadas quando participam da elaboração das metas. Crie ainda desafios ou tarefas que estejam fora do alcance quando se tratar de uma experiência inédita para alguém: a primeira negociação, a primeira apresentação sozinho etc. Em suma: utilize metas flexíveis para motivar. Sempre.
4. Lide com o não verbal. O que as pessoas fazem primeiro? O que enfatizam no discurso? Diante do que demonstram suas emoções? Que valores são representativos para elas?
– Coisas inéditas. Essa pessoa procura os demais primeiro, vai para um canto e estuda, reclama, fala sobre como se sente ou toma uma atitude? Essas são as respostas imediatas das pessoas que revelam o que é importante para elas. Utilize-as para motivá-las.
– Conteúdo do discurso. As pessoas podem se concentrar nos detalhes, conceitos, sentimentos ou nos demais durante seu discurso. Isso pode indicar novamente como você deve apresentar determinadas questões, refletindo a ênfase do discurso delas. Apesar de a maioria de nós se adaptar naturalmente (entramos em detalhes com pessoas que prestam atenção nos detalhes), há grandes chances de que você não esteja encontrando um denominador comum em uma relação problemática. Por exemplo, a pessoa entra em detalhes e você fala sobre outras pessoas.
– Sentimentos. Você precisa saber quais são os pontos críticos dos demais, porque basta cometer um erro para algumas pessoas o taxarem de insensível. O único remédio é ver o que os estimula direta ou indiretamente.
– Valores. Aplique o mesmo raciocínio aos valores dos demais. Eles falam de dinheiro, de reconhecimento, de integridade ou de eficiência em sua conversa normal sobre o trabalho?
Em suma: aprenda a interpretar os sinais de motivação das pessoas. Sempre.
– Coisas inéditas. Essa pessoa procura os demais primeiro, vai para um canto e estuda, reclama, fala sobre como se sente ou toma uma atitude? Essas são as respostas imediatas das pessoas que revelam o que é importante para elas. Utilize-as para motivá-las.
– Conteúdo do discurso. As pessoas podem se concentrar nos detalhes, conceitos, sentimentos ou nos demais durante seu discurso. Isso pode indicar novamente como você deve apresentar determinadas questões, refletindo a ênfase do discurso delas. Apesar de a maioria de nós se adaptar naturalmente (entramos em detalhes com pessoas que prestam atenção nos detalhes), há grandes chances de que você não esteja encontrando um denominador comum em uma relação problemática. Por exemplo, a pessoa entra em detalhes e você fala sobre outras pessoas.
– Sentimentos. Você precisa saber quais são os pontos críticos dos demais, porque basta cometer um erro para algumas pessoas o taxarem de insensível. O único remédio é ver o que os estimula direta ou indiretamente.
– Valores. Aplique o mesmo raciocínio aos valores dos demais. Eles falam de dinheiro, de reconhecimento, de integridade ou de eficiência em sua conversa normal sobre o trabalho?
Em suma: aprenda a interpretar os sinais de motivação das pessoas. Sempre.
5. Lide com a sua intolerância. Ao tentar abordar alguém, tente não julgá-lo. Você não precisa concordar, apenas compreender para poder motivar. O fato de que você não ficaria motivado da mesma forma é irrelevante. Em suma: pare de julgar os outros. Sempre.
6. Crie empatia. Isso demonstra respeito pelo raciocínio do outro. Falar a mesma língua facilita a comunicação e lhe dá as informações de que você precisa para motivá-los. Em suma: tente falar no idioma e no mesmo nível ao interagir com os demais. Sempre.
7. Não se isole dos demais. Diga ao outro quais são as suas categorias conceituais. Para lidar com você, ele precisa saber como você pensa e por quê. Diga qual é a sua perspectiva – as perguntas que você faz, os fatores que leva em conta etc. Se não puder explicar seu raciocínio, o outro não vai saber lidar com você de maneira eficiente. Fica mais fácil acompanhar alguém que compreendemos. Em suma: traga o outro para o seu universo. Sempre.
8. Vá além do estritamente profissional. Tome conhecimento de três coisas a respeito de todos, que não sejam relacionadas ao trabalho – seus interesses, hobbies, filhos ou qualquer outra coisa sobre o que possam conversar. A vida é um mundo pequeno. Se fizer algumas perguntas pessoais, descobrirá que tem alguma coisa em comum com praticamente todo mundo. Ter algo em comum ajudará a fortalecer a relação e individualizar a maneira como você motiva os demais. Em suma: familiarize-se com as pessoas no nível pessoal. Sempre.
9. Lide com os casos mais difíceis. Se uma pessoa fica sensível com algum assunto, ela reagirá melhor diante de uma ajuda direcionada. Se a pessoa reagir sendo exclusivista, pode precisar de ajuda para adotar a tendência predominante. Se ela não estiver motivada, procure os motivos, tanto pessoais quanto profissionais. Essa pessoa pode reagir a um desafio de trabalho. Se a pessoa for ingênua, ajude-a a ver como as coisas efetivamente funcionam. Em suma: transforme algo negativo em um motivador. Sempre.
10. Não oriente em demasia. Delegue e dê autoridade o quanto puder. Envolva a pessoa na criação de metas e na determinação do processo de trabalho para que ela tenha êxito. Peça a opinião dela sobre as decisões que você tomou. Peça ajuda para avaliar o trabalho da unidade. Compartilhe o sucesso. Examine os fracassos junto com ela. Use todas as ferramentas disponíveis. Em suma: envolva mais as pessoas no trabalho que elas estão fazendo. Sempre.