Autora: Rose Russowski
Muitos antenados ao tema Cultura Organizacional – responsável por reunir hábitos, comportamentos e crenças – afirmam que o chamado fit cultural, ou seja, o alinhamento entre os valores do profissional aos da empresa, é quase um pré-requisito para se obter sucesso nos negócios. Principalmente, na atual era de transformação digital, na qual o pessoal da linha de frente deve ter competência e autonomia para gerar soluções. Afinal, não há mais espaço para burocracias rígidas e centralização da tomada de decisão.
Contudo, é preciso que esse movimento não iniba a empresa na busca por diversidade. Afinal, não adianta ter esse fit, se a estrutura organizacional é engessada e a liderança se posiciona apenas como uma distribuidora de tarefas e cobradora de resultados, em vez de auxiliar a equipe na criação de uma forma acelerada de obter a experiência e os conhecimentos necessários.
E como os caminhos para a empresa chegar onde almeja podem ser diversos é importante que ela esteja aberta aos questionamentos, se quiser abraçar a diversidade. Tais questionamentos dizem mais sobre o “Como chegaremos lá” do que o “O que estamos perseguindo”´. Vejo isso claramente nas empresas nas quais atuo. A liderança não precisa de seguidores e sim de pessoas que sugerem caminhos, possibilidades e que propõem novas rotas na busca do “ouro”, do sucesso. Porém, isso só será possível se as empresas passarem a tratar a questão da Cultura Organizacional como um ativo que não se precifica. Mas, você deve estar se perguntando: como fazer isso?
Primeiro, é preciso investir na identificação de qual é a Cultura atual e qual a Cultura Desejada. Uma vez definida, é preciso buscar as formas de como se chegar ao objetivo por meio de alinhamentos e também desalinhamentos. Afinal, o Brasil foi descoberto por um “erro de rota”, certo?
Enfim, deve-se criar um bom planejamento para a implantação de uma cultura alinhada com a estratégia da empresa, com os seus recursos humanos, gerando assim impactos positivos. Dessa forma, você verá que o sucesso do processo será alcançado de forma muito mais fácil.
Rose Russowski é diretora da Lee Hecht Harrison na Região Sul.