Em 1981, Erasmo Carlos gravou em versos que é um absurdo dizer que a mulher é o sexo frágil. Hoje, 27 anos depois, o compositor gravaria esta canção com mais ênfase, pois segundo informações do Grupo Catho, os homens têm motivos para se preocupar, pois elas estão entrando cada vez mais no mercado de trabalho. Nos últimos 10 anos, a participação feminina cresceu. Hoje, elas representam 17,5% dos presidentes, 23% dos diretores e 26% dos gerentes e quando chegamos aos cargos de encarregados e coordenadores, 49% são mulheres, empatando com os homens.
De acordo com estudos realizados pela USP – Universidade de São Paulo, as mulheres já são 38% dos médicos, 36% dos advogados e 53,5% dos arquitetos de todo o Brasil. Essa conquista de espaço não pára por aí. Dados mais recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que dos 4.453.156 estudantes matriculados no ensino superior, 2.488.97 são do sexo feminino.
Segundo pesquisa realizada pelo Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, as mulheres também têm maior participação quando o assunto é estágio. Em 2007, foram 54% de estagiárias inseridas no mercado de trabalho, contra 46% de homens. Os cursos com mais alunas cadastradas são Administração de Empresas (17.154), Direito (13.988) e Pedagogia (9.199). “Esses números comprovam o grande reconhecimento e destaque dessas jovens mesmo em uma sociedade com princípios machistas”, diz Seme Arone Junior, diretor presidente do Nube.
Trabalhar com as mulheres também tem suas grandes vantagens. Independente da área de atuação, elas encaram os desafios e procuram manter uma relação agradável com o ambiente de trabalho. “As líderes geralmente sabem usar as palavras exatas e impor seu ponto de vista de maneira correta nas diversas situações do dia-a-dia. Muitas já exerceram o papel de mãe e, por isso, estão aptas a tomarem decisões com agilidade”, ressalta Seme.