Para se manter no mercado de trabalho é preciso desenvolver e aprimorar habilidades e competências pessoais e profissionais que possam ser úteis no ambiente organizacional. As mulheres aprenderam, no decorrer de sua história, a vencer obstáculos e realizar diversas tarefas simultaneamente, além de agregar outras características derivadas de seu instinto maternal e seu senso de proteção aos filhos e sua resiliência. Algumas características como a capacidade de se adaptar e de mudar o foco com facilidade, a criatividade de lidar com situações inovadoras e a facilidade em cuidar de pessoas, além de uma percepção apurada, o famoso “sexto sentido”, fazem delas profissionais requisitadas no mercado competitivo.
Na prática, as mulheres passaram a serem mais cotadas para ocupar cargos de liderança dentro das organizações. De acordo com o International Business Report 2012, da Grant Thornton, organização internacional de contabilidade e consultoria, o sexo feminino já ocupa 27% dos cargos de liderança no Brasil. Segundo Caroline Calaça, especialista em coaching executivo e desenvolvimento de liderança, as empresas passaram a identificar algumas características femininas, que até pouco tempo eram consideradas fraquezas, como essenciais no seu processo produtivo. As organizações descobriram que a contrapartida da força física que falta para as mulheres, pode ser compensada em força de vontade e capacidade de superação.
Cada vez mais engajadas em investir em sua realização pessoal, as mulheres têm menos filhos, estudam por mais tempo, se casam mais tarde e lutam por sua independência financeira. “Frente a grandes organizações são líderes competentes, demonstram exercer influência nas decisões, sabem trabalhar sob pressão, trabalham em equipe e possuem ótima capacidade de comunicação. Elas começaram a ocupar cargos de gestão e hoje estão em atividades que antes eram executadas apenas por homens, como frentistas de postos de gasolina e presidente da república”, completa Calaça.