Nec do Brasil lucra R$ 27,1 milhões em 2006


As demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2006 apresentadas pelo grupo Nec no Brasil indicam uma clara evolução da companhia no mercado nacional, com a obtenção de um lucro líquido de R$ 27,1 milhões no período – sete vezes maior em relação ao lucro registrado em 2005, que foi de R$ 3,9 milhões. Esse resultado positivo, que se refere à NEC do Brasil (NDB), demonstra o acerto do plano estratégico traçado pela empresa para o país.

Atualmente, além da Nec do Brasil – que é responsável pelos negócios dirigidos ao setor de operadoras de telecomunicações – o grupo é composto também pela Nec Solutions Brasil (NSB), criada em junho de 2005 com foco no mercado corporativo. Somadas, as receitas das duas operações totalizaram R$ 437,5 milhões no ano passado, sendo R$ 383,6 milhões da NDB e R$ 53,9 milhões da NSB. Este também é o segundo ano consecutivo em que a Nec distribui dividendos: serão R$ 12,9 milhões contra R$ 2,3 milhões de 2005. Trata-se do melhor resultado obtido desde que se iniciou redirecionamento estratégico da companhia há cerca de cinco anos.

“Os resultados obtidos em 2006 refletem a consistência das operações e a acertada gestão dos fatores que têm impacto direto nos resultados”, afirma Paulo Castelo Branco, presidente da Nec do Brasil. Entre esses fatores, o executivo relaciona a redução de custos variáveis e o crescimento da oferta de soluções com maior rentabilidade, além de medidas de contenção de despesas fixas e um robusto controle do fluxo de caixa. Segundo Castelo Branco, a administração dos ativos e passivos tem sido, também, alvo de permanente atenção e controle, visando melhorias de performance. Ele cita como exemplo, o índice de liquidez da NDB, que, de 2004 para 2005, tinha evoluído de 2,3 para 2,6 e, este ano, teve um salto ainda maior, atingindo 3,4.

Em termos de faturamento bruto, a NDB registrou em 2006 R$ 383,6 milhões contra R$ 474,7 milhões obtidos no exercício anterior. As vendas líquidas em 2006 alcançaram R$ 291,9 milhões contra R$ 360,0 milhões gerados em 2005. Ao se referir a essa retração de receita, Paulo Castelo Branco explica que parte dessa redução se deve à decisão do grupo em redirecionar vendas que até então eram contabilizadas pela NDB para formar a carteira de encomendas da NSB. Outro fator que contribuiu para essa queda foi o baixo crescimento do setor industrial de telecomunicações em 2006. “Por outro lado, pudemos constatar um significativo crescimento dos serviços na composição da receita”, assinala o executivo. A oferta de serviços teve participação elevada de 31,6% em 2005 para 34,2% em 2006.

Aposta certa – Criada em junho de 2005, com o objetivo de abrigar os negócios dirigidos ao mercado corporativo e governo, a Nec Solutions Brasil (NSB) fechou o ano de 2006 com um faturamento bruto de R$ 53,9 milhões. No ano de 2005, as vendas brutas da companhia para o período de julho a dezembro haviam somado R$ 17,9 milhões. “Comparada à base anualizada de 2005, a receita bruta em 2006 aponta um crescimento de 50%”, diz Yukio Hannya, Presidente da Nec Solutions Brasil. O crescimento das vendas líquidas, que totalizaram R$ 45,2 milhões no ano passado, acompanhou em nível equivalente a receita bruta.

O significativo crescimento da receita da NSB é resultado direto do plano estratégico adotado pela empresa de crescimento aliado à diversificação do portfólio. “Observamos um aumento dos negócios com soluções novas, como o RFID e a solução de gestão para administrações municipais”, comenta Hannya.

A grande fatia das vendas, entretanto, ainda é proveniente do segmento de comunicações empresariais, cujo carro chefe são projetos envolvendo migração da telefonia convencional para telefonia IP, seja na forma de sistemas híbridos ou sistemas IP puro. “Essa tendência de adoção de soluções baseadas na tecnologia IP vem gerando uma nova demanda de convergência de voz e dados no ambiente empresarial, não só na camada de redes, mas também de aplicações, o que deverá manter o nível de crescimento deste segmento para os próximos anos” conclui o executivo.

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