O antídoto contra apagão de talentos

Autor: Kátia Crema
A falta de profissionais qualificados no mercado não é um problema recente, nem exclusivo do Brasil. Segundo uma pesquisa elaborada pela The Conference Board, intitulada de CEO Challenge 2013, o apagão de talentos no mercado de trabalho é o maior desafio de todos os líderes de empresas dos mais diversos setores espalhados pelo mundo. Buscando atenuar este problema, as empresas passam a investir cada vez mais na profissionalização de seu capital humano por meio da educação corporativa aliada ao e-learning, ou educação a distância.
A escassez de recursos e investimentos públicos para a educação, bem como professores desqualificados ou desmotivados, além da dificuldade de acesso a um ensino de qualidade – principalmente para os que vivem em áreas afastadas das grandes capitais – cria profissionais com potencial limitado e que não possuem os conhecimentos mínimos exigidos pela empresa, o que consequentemente os torna desqualificados para o mercado. A diferença entre os profissionais formados pela rede de ensino versus as qualificações demandadas pelas empresas para a seleção de um funcionário, torna o preenchimento de uma vaga especializada cada vez mais difícil, gerando processos seletivos que podem durar seis meses ou mais, contudo, sem obter o profissional desejado. E as empresas não o fazem por mal. Para se manterem competitivas num mercado globalizado e em constante mudanças, elas precisam de profissionais com conhecimento e habilidade para se moldarem às mais diversas mudanças.
O diferencial competitivo da empresa é o seu capital humano, que é o recurso que permite seu crescimento, a tomada de novas ideias e estratégias. Sem pessoas, não há empresa no mundo que sobreviva. Por isso, muitas empresas passaram a investir mais em seus profissionais.
Se o mercado não oferece um profissional com o nível de conhecimento que ela precisa, nada a impede de contratá-lo e moldá-lo de acordo com suas necessidades. Por isso, está ficando cada vez mais comum a criação das universidades corporativas, que como o próprio nome diz, são espaços dentro da empresa que buscam oferecer treinamentos, especializações e informações para aprimorar o conhecimento do capital humano da organização.
E é neste momento que a modalidade de ensino a distância, na qual funcionários espalhados pelo território nacional ou até mundial, podem ser treinados com as mesmas informações e estarem alinhados aos negócios da empresa de forma  bastante dinâmica.
O e-learning veio para quebrar barreiras e permitir o crescimento sustentável das organizações, em especial aquelas que possuem um grande número de colaboradores espalhados em diversas regiões. Além de ser mais barata e viável que processos de treinamentos presenciais, que exigem deslocamentos de equipes para centros de treinamentos, elas podem ser treinadas de onde estão, de forma rápida, usando recursos como computadores, tablets e smarthphones para acessar os conteúdos.
Por meio da tecnologia, a educação tornou-se mais democrática e atrativa para as novas gerações, que vivem plugadas na internet e são capazes de absorver o grande fluxo de informações que a globalização oferta diariamente. Para as empresas, o e-learning e as universidades corporativas permitiram a contratação e formação de novos talentos, garantindo assim seu crescimento e a geração de novos empregos.
Já para o país, o uso destas universidades corporativas surgiu como uma forma de possibilitar maior acesso da população de baixa renda a empregos que antes poderiam ser apenas das classes mais abastadas da sociedade, com melhor nível de educação. A grande mensagem que fica é que temos sim um apagão, mas não de talentos e sim de formação.
Mas, enfim, este é um problema que tem solução. Para isso, basta que as empresas e as pessoas invistam cada vez mais em educação corporativa, seja ela presencial ou à distância. Assim, crescem as pessoas, as empresas e o país.
Katia Crema é designer educacional na SOU Educação Corporativa.

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