O caminho para ser um gestor estratégico

Autora: Celina Gazeti
Cuidar só de gente é passado. O presente e o futuro requerem cuidar do negócio, por meio das pessoas, para que a empresa tenha sustentabilidade financeira e social. Ser estratégico não significa somente ter um discurso atualizado, mas também praticar ações compatíveis com o que prega: o discurso e a prática devem ser iguais. E como é, de fato, ser um gestor estratégico?
Em primeiro lugar, ter clareza, entendimento e compartilhamento da missão, visão e valores da empresa. Em seguida, definir o seu planejamento e suas ações considerando a sua parcela de responsabilidade com os resultados financeiros e sociais que são esperados pela organização, fazendo a sustentação com a missão, visão e valores.
Porém, só isso não basta. É preciso também ser preditivo, ou seja, encontrar o que vai ser necessário para assegurar a sustentabilidade do negócio no “amanhã”, além de definir sistemas de mensuração e controles para gerenciar hoje o amanhã.
É importante considerar que os indicadores, sejam eles de gestão de pessoas ou de negócio, servem para diagnosticar o momento atual e direcionar as ações. Um indicador sozinho, sem ser correlacionado com outros e sem ação preditiva, não serve para nada, porém, se for bem formulado e com ação direcionada ao resultado futuro, pode mudar muita coisa.
Para ser um bom gestor é preciso também fazer a gestão estratégica de pessoas por meio de indicadores e, essencialmente, por meio das competências. Implantar a gestão por competências é um grande passo em busca de uma gestão estratégica de pessoas eficaz. Os gestores devem entender que os indicadores de gestão de pessoas podem contribuir para o reposicionamento da empresa perante os clientes, o mercado e também entre os colaboradores e os acionistas.
As competências podem ser técnicas ou comportamentais, ambas igualmente importantes e que traduzem o conjunto dos conhecimentos, habilidades, ou atitudes (e capacidades) para a entrega de resultados:
Conhecimento: específicos e essenciais exigidos pelo posto de trabalho;
Habilidade ou capacidade: usar o conhecimento de forma adequada e demonstrar na prática;
Atitude: agregadas à ação cotidiana. Quanto mais adequado ao contexto, maior o nível de influência no ambiente de trabalho.
Dentre as competências essenciais e comportamentos-chave requeridos para todos os cargos em uma organização centrada no cliente, podemos destacar o comprometimento, entendimento do negócio, espírito de equipe, foco do cliente, gentileza e bom humor.
São funções e responsabilidades de um líder:
– Criar sistemas para avaliar a performance dos colaboradores;
– Apoiar a elaboração de planos de desenvolvimento individuais ou coletivos;
– Nortear planos de carreira e sucessão;
– Definir a estrutura de remuneração fixa;
– Fornecer subsídios para o processo de recrutamento e seleção.
Celina Gazeti é sócia-diretora da Vox Consulting.

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