O desafio da retenção

Pesquisa realizada pela Superdigital, conta digital do grupo Santander, com mais 1040 atendentes de call centers de diversas regiões do País, apontou que mais da metade dos respondentes (54,8%) não pretende mudar de ramo de atividade nos próximos três anos e quer conquistar um cargo de liderança dentro da empresa. O restante (45,2%) respondeu que quer parar de trabalhar com atendimento ao cliente e crescer em outra empresa fora do setor de call centers.
A pesquisa, realizada entre os dias 28 de maio e 7 de junho, também perguntou aos atendentes o que faria com que eles trocassem de emprego. O salário é o fator mais relevante (40%), seguido da possibilidade de subir de cargo (27%), melhores benefícios (13,9%) e flexibilidade de horário (9,4%). Contudo, o estudo da Superdigital indicou que um plano de carreira é fundamental para reter talentos no setor de call center. Quando perguntados o que eles consideram mais importante ao escolher um emprego, quase metade dos participantes (48,2%) apontou a possibilidade de ter plano de carreira, mais do que o dobro daqueles que disseram que o mais importante é o salário (21,2%). Ambiente agradável entre colaboradores e chefes (19,6%) e benefícios atraentes (8,6%) também figuraram entre as respostas.
O levantamento também mostrou que 63,9% dos atendentes não estão cursando curso universitário ou técnico atualmente. Sendo que 24,3% estão cursando universidade e 11,7% estão em um curso técnico.

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O desafio da retenção



A System Interact, empresa de BPO em call centers do Grupo System, tem investido no aprimoramento da equipe, inclusive com incentivo para carreira dentro da empresa, para ter baixo nível de turn-over e aumentar o comprometimento com os clientes. “O desafio é este. Mas tem que investir além da infra-instrutura em inteligência e inovação para se diferenciar do que é feito de maneira massificada”, garante Maurício Guitarrari, diretor e COO da System Interact.

 

Entre as exigências dos clientes dos call centers estão a formação contínua comportamental dos atendentes. As queixas principais são  a falta de naturalidade do atendimento (robotização) e os erros cometidos pelos operadores. Para superar essas expectativas, a System elevou o nível de exigência já na contratação. “Exigimos perfil de profissional altamente qualificado, com espírito de desenvolvimento e adepto a desafios”, explica Maurício. Após a contratação, os profissionais são submetidos ao Programa de Desenvolvimento Profissional, no qual eles passam por treinamento inicial, com módulos da Língua Portuguesa e palestras. “Temos temas direcionados a operadores, somente a supervisores e outros que se aplicam a todos”.

 

Para manter os funcionários trabalhando e acreditando na empresa, a System Interact aposta em programas de incentivos, premiações internas, retenção de talentos e remuneração por mérito. Levando-se em conta o objetivo de cobrar inadimplentes, os operadores vivenciam muitas situações delicadas com o interlocutor. “Para isso, treinamos intensivamente a excelência no atendimento, sem esquecer a assertividade de processos em toda a estrutura da empresa, para gerar resultados e superar metas”, afirma Maurício.

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