O dilema do jovem profissional

É perceptível que os jovens estão cada vez mais ansiosos, buscam promoções em curto prazo e querem equilibrar seu tempo entre vida profissional e pessoal. Com este panorama em mente, Felipe Maluf e Marcelo Yamin, sócios-diretores da  YCoach, monitoraram 102 jovens paulistanos, das classes A e B, entre 18 e 35 anos, com o objetivo de descobrir os principais motivos que fazem os jovens enfrentarem dificuldades no mercado de trabalho. Os resultados mostram que alguns dos principais problemas são relacionados a fatores comportamentais, seja por falta de maturidade, vivência, ou até mesmo equilíbrio emocional. “As gerações Y e Z almejam felicidade sem ao menos entender o que isso significa. Quando questionados sobre objetivo de vida, ou de carreira, os jovens respondem de forma vaga, sem embasamento, e para diversos deles um ´nunca pensei nisso´ é o mais comum”, revela Felipe Maluf.
No levantamento, sete quesitos representam os principais motivos que levam esses jovens a buscar ajuda de especialistas: 23% afirmaram que sentem falta de clareza em seus próximos passos; para 21%, o objetivo é realização profissional; 15% buscam um melhor preparo para se tornar líder; 11% querem melhorar o equilíbrio da vida profissional e pessoal, ou estão querendo transitar de emprego; para 10%, o intuito é encontrar novas oportunidades profissionais; 5% dizem que seus líderes não os inspiram, e, para 4%, os seus valores são incompatíveis com os da empresa.
“Esses jovens são extremamente capacitados, estudaram em ótimos colégios, fizeram excelentes faculdades e alguns até possuem MBA. No entanto, percebemos que o fator emocional foi preponderante para as frustrações da carreira e da vida pessoal”, avalia Maluf. Na opinião do executivo, os jovens precisam entender que inteligência emocional e experiência são alguns dos fatores que não se adquirem no modelo atual de educação. “Trazemos à tona experiências de vida e mercado de trabalho, mostrando todas as dificuldades e desafios que serão enfrentados, como desde lidar com pessoas totalmente diferentes em perfil e nível social, até saber esperar as coisas chegarem no seu tempo, sem afobação”, comenta.
Para Felipe, as empresas também precisam de preparo, principalmente os líderes, para que eles possam orientar os jovens da melhor maneira possível, afim de mantê-los integrados e motivados na companhia. “Os jovens possuem anseios distintos de outras gerações, precisam receber desafios constantes e serem estimulados frequentemente. Todos esses fatos levam a realização e sensação de crescimento, o que os deixa motivados e comprometidos em  seus empregos constantemente”, esclarece.

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