Os primeiros passos para uma operação de atendimento

O mercado está propício a novos negócios. Montar uma operação de callcenter, hoje, pode significar grande lucros, mas também pode levar a enormes prejuízos. A atividade, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Telemarketing, registrou um crescimento de 39% no ano passado, em relação a 98, sendo que as previsões para este ano mostram a perspectiva de atingir um valor 30% superior.

Em resposta a esses números, existem iniciativas surgindo diariamente. É preciso, entretanto, de muito cuidado antes de partir para um negócio próprio. Os executivos João Camargo e Eduardo Aquino, que fundaram recentemente a Penedo Contact Center, indicam o processo a ser considerado na criação de uma central.

De acordo com Camargo, o primeiro passo deve envolver a questão financeira do negócio. É preciso calcular todos os custos, desde tecnologia até o local de instalação, passando por funcionários, telefonia, entre outros. “A quantia gasta nos postos de atendimento, por exemplo, precisa ser exposta claramente, e isso é extremamente importante”, conta o executivo.

Para o diretor de tecnologia da Penedo Contact Center, Eduardo Aquino, outro fator importante no momento de montar uma operação é o equipamento. “A seleção e opção do hardware, e também do software, é um ponto que precisa ser estudado cuidadosamente para evitar problemas futuros e, como conseqüência, a perda de dinheiro. Escolher qual sistema usar e comprar é uma função complicada” , explica.

Os executivos enfatizam ainda a questão social do negócio. Segundo eles, a parte humana pode impedir o crescimento de qualquer iniciativa. “A localização, por exemplo, conta muito. É preciso instalar a central em um lugar onde existam vários ambientes para comer, onde os funcionários tenham fácil acesso a ônibus e metrô, entre diversos outros aspectos”, afirma Camargo.

Aquino complementa o assunto ao abordar os benefícios, prêmios e incentivos oferecidos aos operadores e a relação de cumplicidade que deve existir entre eles e a companhia. “A falta de um funcionário é muito sentida em qualquer operação de atendimento. Muitas vezes as empresas esquecem que, por trás daquela pessoa que representa a imagem dos clientes, pode existir uma família inteira.”

De acordo com os diretores da Penedo, com um investimento de R$ 25 mil a R$ 30 mil, é possível dar início a uma operação. Isso sem contar o treinamento de pessoal, que também é um ponto importante no desenvolvimento do negócio.

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